Justiça nega pedido de prisão domiciliar de capitão da PM envolvido em jogatina
Diante do indeferimento da prisão domiciliar, PM pediu mais uma vez e teve negado o benefício da saída temporária
Preso há dois anos por envolvimento na jogatina, o capitão da PM (Polícia Militar) Paulo Roberto Xavier teve o pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça. O militar que já está no regime semiaberto, faz cursos na área jurídica com autorização da Justiça e pediu no começo do mês, a prisão domiciliar alegando que queria ir para casa cuidar dos filhos.
Na decisão do juiz Aldo Ferreira da Silva Junior, o magistrado declara que não se admite o recolhimento do reeducando em residência particular, porque Paulo Xavier já cumpre a pena em regime semiaberto.
O capitão da PM cursa pós graduação em Direito Público no horário de 18h30 e 22h30 de segunda a sexta-feira, e tem as saídas autorizadas até o final de fevereiro do próximo ano.
Paulo Xavier também já teve diversas saídas temporárias do presídio, válidas por sete dias, autorizadas pela Justiça. Conforme as autorizações, ele deve permanecer em sua residência, no Jardim São Lourenço, saindo de lá apenas para voltar à unidade penal.
Diante do indeferimento da prisão domiciliar, o policial militar pediu mais uma vez o benefício da saída temporária. O promotor de Justiça responsável pelo caso, Fernando Esgaib, deu parecer contrário ao pedido, alegando que o capitão já foi beneficiado neste trimestre com a saída e a lei de execução penal prevê apenas uma saída a cada três meses.
O oficial da PM entrou com pedido da prisão domiciliar alegando que tem três filhos menores que precisam de seus cuidados, pois estão sem a mãe, que se mudou para Cuiabá, Mato Grosso, e não os levou para que não perdessem o ano letivo.
O MPE (Ministério Público Estadual) já havia dado parecer contrário ao pedido justificando que Paulo Xavier possui condições financeiras de contratar uma pessoa para tomar conta dos filhos e também que já está no regime semiaberto.
Prisão - Paulo Roberto Teixeira Xavier “pegou” sete anos de prisão em regime fechado por falsidade ideológica, por manter um estabelecimento comercial, o que é proibido para oficial e corrupção passiva.
Conforme a denúncia do Ministério Público, o capitão Paulo Xavier era responsável pela logística e segurança da organização que explorava máquinas caça-níqueis em Campo Grande e que era liderada por Sérgio Roberto de Carvalho, o qual também integrava a Polícia Militar do estado, na patente de major. Ele foi expulso.
A quadrilha integrada pelos dois oficiais foi desmantelada na operação Las Vegas, deflagrada em maio de 2009, pela Polícia Federal.
Com o bando foram apreendidos 18 veículos, um avião, 97 máquinas de caça níqueis, R$ 77 mil, US$ 1,7 mil, computadores e notebooks. A investigação teve início após denúncia anônima