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Capital

Mães não desistem e vão a 7º mutirão para conseguir vaga em creches da Capital

Iniciativa é da Defensoria Pública Estadual, que busca ouvir necessidades e judicializa pedidos

Por Cassia Modena e Idaicy Solano | 21/10/2023 11:10
Na vez de Pâmela ser atendida, ela explicou que precisa da vaga para poder trabalhar (Foto: Henrique Kawaminami)
Na vez de Pâmela ser atendida, ela explicou que precisa da vaga para poder trabalhar (Foto: Henrique Kawaminami)

Mães que precisam trabalhar para somar renda em casa, foram nesta manhã (21) a mais um mutirão da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul que auxilia responsáveis por crianças de zero a quatro anos a conseguirem vaga em Emei (Escola Municipal de Ensino Infantil) ou a matricular irmãos numa mesma unidade de ensino.

Pâmela Rodrigues Martins, 27, é uma delas. Dona de casa, não vê a hora de voltar para o mercado de trabalho. Só precisa de uma vaga para a bebê de 1 ano e 5 meses.

Moradora do Bairro Cristo Redentor, ela espera poder fazer a matrícula há mais de um ano. "Estou desde os 4 meses da minha filha tentando vaga e até agora nada. As creches do bairro estão lotadas", lamenta. Além da bebê, Pâmela tem uma filha mais velha que já estuda.

Mayara Ketelyn espera vaga para os dois filhos bebês (Foto: Henrique Kawaminami)
Mayara Ketelyn espera vaga para os dois filhos bebês (Foto: Henrique Kawaminami)

Mayara Ketelyn Theodoro, 21, está no mesmo barco. "Eu não trabalho porque não tenho como. Tenho dois bebês, um de 9 meses e outro de 1 ano e 7 meses. Desde que nasceram, estão na fila de espera". A família mora no Bairro Tijuca.

A menina de 1 ano que é filha de Viviane Santos Rodrigues, 35, também espera. A mãe mora no Bairro Aero Rancho. "Não tenho com quem deixar. Antes de conseguir emprego, preciso da escolinha", diz.

Viviane quer vaga para filha de 1 ano (Foto: Henrique Kawaminami)
Viviane quer vaga para filha de 1 ano (Foto: Henrique Kawaminami)

Sétimo do ano - Desde o início de 2023, essa foi a quantidade de mutirões que a Defensoria organizou somente na Capital. Nesta edição, 114 crianças já haviam sido atendidas até as 10h30. Ação começou as 8h e segue até as 12h.

A defensora Débora Maria de Souza Paulini é a coordenadora do núcleo que realiza o mutirão. A organização contabiliza uma média de 280 atendimentos em cada, isso fora os atendimentos diários.

Uma das medidas que podem ser tomadas pela Defensoria é ajuizar uma ação para a Semed (Secretaria Municipal de Educação) viabilizar a vaga. Primeiro, é preciso entender a situação de cada família. "Nós ouvimos caso a caso para saber qual a demanda e qual a necessidade de cada família", explica a defensora.

Defensora acompanhou ação (Foto: Henrique Kawaminami)
Defensora acompanhou ação (Foto: Henrique Kawaminami)

Débora também afirma que ainda é possível judicializar pedidos de vagas antes do fim deste ano. "É uma época em que a secretaria se encaminha para abertura de novas matrículas. É importante conversarmos com as famílias para entendermos qual atitude tomar, de acordo com o que precisam", finaliza.

De acordo com informações repassadas pela Semed durante o mutirão, 8 mil bebês e crianças aguardam vaga. A maioria tem entre zero e três anos.

Onde procurar - O atendimento a famílias com demanda relacionada à vaga em Emei é feito mediante agendamento na unidade Centro da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, localizada na Av. Afonso Pena, 3850 – Centro.

Unidade central da Defensoria (Foto: Henrique Kawaminami)
Unidade central da Defensoria (Foto: Henrique Kawaminami)

Durante o mutirão, são atendidas pessoas já agendadas. Demandas espontâneas que surgirem serão ouvidas em datas posteriores.

Matéria atualizada às 17h21 para correção de endereço.

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