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Capital

Mais uma brincadeira de mau gosto suspende aula em escola

Cerca de 300 alunos com idades entre 14 e 17 anos estudam na instituição no período da manhã

Viviane Oliveira | 02/04/2019 12:06

Pouco antes das 11h, a Escola Estadual Professora Brasilina Ferraz Mantero, localizada na Rua Tamôio, no Jardim Leblon, em Campo Grande, identificou uma rede wi-fi anunciando “massacre”. A brincadeira de mau gosto suspendeu a aula no colégio, procedimento adotado toda que fez ocorre situação semelhante. Cerca de 300 alunos com idades entre 14 e 17 anos estudam na instituição no período da manhã. Esse é o 6º anúncio de massacre em escolas no Estado. 

“Minha irmã ligou há pouco da escola assustada, falando que receberam ameaça de massacre marcado para às 11h25”, disse uma leitora que entrou em contato com a reportagem. A Polícia Miliar que faz a ronda escolar na região foi acionada e evacuou a escola. Nada foi encontrado. O Campo Grande News apurou que a escola já tem um suspeito pela mensagem e se for confirmada a autoria, o aluno estará sujeito às penalidades do regimento escolar. 

Mau gosto - Desde que a Escola Estadual Raul Brasil foi alvo de ataque por dois ex-estudantes no dia 13 de março, em Suzano (SP), deixando sete mortos, escolas em todo o Brasil têm sido alvo de anúncios de novos massacres, a maioria, “trotes”.

Seis escolas de Mato Grosso do Sul ficaram em alerta deste então após os diretores detectarem mensagens que circulavam na internet indicando a realização de um "massacre" com hora marcada. Redes de roteadores de wi-fi tiveram seus nomes alterados e indicavam que o crime seria cometido. O caso foi registrado em unidades de ensino da Capital e de Dourados - a 233 quilômetros de Campo Grande.

Ato infracional - Esses trotes que assustam as escolas de Mato Grosso do Sul desde a tragédia de Suzano podem ser enquadrados em ato infracional e pode levar até para Unei (Unidade Educacional de Internação). “Mesmo que pareça uma brincadeira inocente entre adolescentes, a situação pode ser entendida como um ato infracional, e caso haja entendimento do judiciário, eles poderão ser encaminhados para uma Unidade Educacional de Internação”, afirma a delegada-adjunta da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), Fernanda Felix, em entrevista ao site da Polícia Civil.

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