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Capital

Motorista admitiu para PM que bebeu em jogo do Timão antes de matar no trânsito

Segundo PM, testemunha em processo de homicídio, Charles Júnior contou que havia bebido antes de dirigir

Anahi Zurutuza e Mylena Fraiha | 14/03/2023 18:41
Michelli Alves Custódio, de 36 anos, que morreu atropelada em outubro do ano passado. (Foto: Reprodução das redes sociais)
Michelli Alves Custódio, de 36 anos, que morreu atropelada em outubro do ano passado. (Foto: Reprodução das redes sociais)

Charles de Goes Júnior, de 31 anos, o motorista acusado de atropelar e matar Michelli Alves Custódio, de 36 anos, na madrugada do dia 13 de outubro do ano passado, admitiu, no local do acidente, que havia bebido enquanto assistia à partida do Corinthians contra o Flamengo, final da Copa do Brasil, horas antes do ocorrido. A informação foi dada pelo cabo da PM (Polícia Militar), Jefferson Amorim dos Santos, um dos responsáveis pelo atendimento da ocorrência, durante audiência de instrução e julgamento do caso.

Na tarde desta terça-feira (14), o policial do BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito) foi o único ouvido pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, além de responder às perguntas da defesa e acusação de Charles. O réu por homicídio qualificado está preso e deve ser interrogado no dia 15 de maio, quando também serão ouvidas quatro testemunhas.

Sala da 2ª Vara do Tribunal do Júri; juiz não autorizou foto da audiência na tarde de hoje. (Foto: Mylena Fraiha)
Sala da 2ª Vara do Tribunal do Júri; juiz não autorizou foto da audiência na tarde de hoje. (Foto: Mylena Fraiha)

Durante o depoimento, o cabo foi perguntado sobre qual o cenário que encontrou quando chegou ao local do acidente. Ele descreveu que o corpo de Michelli já estava coberto com lençol e a equipe do Corpo de Bombeiros já havia constatado o óbito. “Nos informaram que tinha sido um atropelamento e que o veículo teria tentado fugir do local, porém ali naquela região tem bastante usuários de drogas, aquele pessoal que fica perambulando, ali na região da Nhanhá, e um rapaz viu o carro atropelando as duas moças”, relatou.

Questionado onde o Renault Sandero envolvido no acidente estava, o policial do BPTran explicou que o veículo parou a cerca de duas quadras do ponto de impacto. “No croqui tem a medição, se não me engano, dá mais de 100 metros”.

Charles Júnior havia virado em uma rua, mas não conseguiu prosseguir, porque um dos pneus do carro estourou. Segundo o PM, ele estava sentado no meio-fio quando foi abordado pela equipe do BPTran com visíveis sinais de embriaguez. “Ele falou que estava assistindo um jogo, teria tomado umas cervejas, ele e a companheira dele”.

Vídeo gravou o momento logo após o atropelamento; as imagens mostram Victor no teto do Renault Sandero. (Foto: Reprodução)
Vídeo gravou o momento logo após o atropelamento; as imagens mostram Victor no teto do Renault Sandero. (Foto: Reprodução)

O acidente – O atropelamento fatal ocorreu na Avenida Fábio Zahran, esquina com a Rua Ouro Branco, na Vila Carvalho, em Campo Grande. O motorista foi preso em flagrante após teste do bafômetro resultar 0,83 miligramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões.

No dia do acidente, Michelli foi chamada no portão de casa por uma travesti, amiga dela, e enquanto conversavam na frente da casa, as duas foram atropeladas pelo Renault Sandero. Os filhos dela, de 8 e 10 anos, presenciaram o crime e desesperados, acreditando que a mãe estava viva, pediram socorro a um vizinho. Após atropelar Michelli e a travesti, o carro atingiu Victor Nunes Uchoa Cavalcante, de 32 anos, que seguia ao encontro das duas.

Câmera de segurança gravou o momento logo após o atropelamento. As imagens mostram Victor no teto do Renault Sandero.

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