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Capital

Motoristas reclamam que rotatórias não suportam mais fluxo de veículos

Agetran afirma que está elaborando plano de sinalização para os próximos oito meses

Yarima Mecchi e Marcus Moura | 25/03/2017 09:45
Rotatória da Rua Joaquim Murtinho com a Avenida Eduardo Elias Zahran. (Foto: Marcos Ermínio)
Rotatória da Rua Joaquim Murtinho com a Avenida Eduardo Elias Zahran. (Foto: Marcos Ermínio)

As grandes rotatórias de Campo Grande não suportam mais o fluxo de veículos, reclamam os motorista que passam pelos locais. A equipe de reportagem rodou a cidade e visitou as rotárias das avenidas Euller de Azevedo e Tamandaré, Costa e Silva e Interlagos, Rua Joaquim Murtinho e Avenida Eduardo Elias Zahran.

Com as obras na Avenida Mato Grosso com a Nelly Martins, conhecida como Via Parque, outros pontos críticos ficam sem agentes de trânsito e com a sinalização precária.

Em todos os locais, os motoristas reclamaram da dificuldade para passar, da falta de sinalização e que as rotatórias não comportam o fluxo de veículos.

Euller de Azevedo - Observando o trânsito, a reportagem notou que quem segue pela Avenida Tamandaré, independente do sentido, tem que esperar mais para entrar na rotatória dos que os moristas que vem pela Avenida Euller de Azevedo.

Segundo os comerciantes dá região os piores horários são entre 7h e 8h, 11h e 12h, e 17h30 19h. Eles afirmam que o movimento está ligado aos horários de entrada e saída dos alunos na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

A reclamação também gera em cima do grande fluxo de veículos pesados. Os comerciantes alegam que caminhões precisam passar no cruzamento para seguir em destino a Cuiabá, pela Avenida Mascarenhas de Moraes.

O funcionário público, Marcos dos Santos, de 60 anos, disse que evita passar no local nos períodos com maior fluxo de carros. Ele mora no bairro Santa Luzia, região Oeste da cidade, e disse que entrar e sair do bairro é difícil.

"Se transformassem uma das vias em mão única, a Tamandaré em específico, o trânsito fluiria melhor", sugeriu.

O representante comercial, José Nilton Gaioso, de 54 anos, tem uma loja próxima ao cruzamento e afirma que muitos acidentes acontecem no local. "Esse cruzamento é o terceiro mais problemático de Campo Grande, perdendo apenas para a rotatória dá Mato Grosso e dá Costa e Silva, respectivamente".

Ele ainda que após a inauguração da UEMS o trânsito piorou. "Quando decidimos abrir a loja contratamos uma empresa pra monitorar a quantidade de veículos que passa pelo local, cerca de 5,8 mil por hora", afirmou.

O comerciantes disse que os comerciantes se uniram e pediram que a prefeitura colocasse uma equipe de trânsito para ajudar a controlar o fluxo veículos. "Quando mudou a gestão o serviço deixou de ser feito. Poderiam reduzir a rotatória, abrir mais pista em alguns sentidos, como a ida pra UCDB, ou colocar semáforos", ressaltou.

Rotatória no cruzamento das avenidas Euller de Azevedo e Tamandaré. (Foto: Marcos Ermínio)
Rotatória no cruzamento das avenidas Euller de Azevedo e Tamandaré. (Foto: Marcos Ermínio)
Funcionário público, Marcos dos Santos, de 60 anos. (Foto: Marcos Ermínio)
Funcionário público, Marcos dos Santos, de 60 anos. (Foto: Marcos Ermínio)

Costa e Silva - Conhecida como rotatória da Coca-Cola, por causa da proximidade da fábrica de refrigerantes ao local, a nossa equipe percebeu que há um maior fluxo de veículos pesados no cruzamento das avenidas Costa e Silva e Interlagos. O condutores ainda esperam o viaduto que vem sendo anunciado desde 2013.

Para o engenheiro Jossemar Oliveira, de 42 anos, faltou vontade política pra resolver o problema antes. Ele considera que os últimos 4 anos de trabalho dá prefeitura foram prejudicados por causa das briga de interesses políticos.

"É visível que o problema do fluxo de veículos aumentou na Capital nos últimos anos, as pessoas começaram a comprar mais carros e a estrutura dá cidade não acompanhou esse crescimento, tem 10 anos que eu trabalho nessa região. Saio todos os dias lá do Aero Rancho e venho pra cá, quase todo dia tem acidente", acrescenta.

Rotatória do cruzamento das avenidas Costa e Silva e Interlagos. (Foto: Marcos Ermínio)
Rotatória do cruzamento das avenidas Costa e Silva e Interlagos. (Foto: Marcos Ermínio)
Engenheiro Jossemar Oliveira diz que faltou vontade política. (Foto: Marcos Ermínio)
Engenheiro Jossemar Oliveira diz que faltou vontade política. (Foto: Marcos Ermínio)

Joaquim Murtinho - Nos cruzamentos da Rua Joaquim Murtinho com a Rua Ceará e mais acima com a Avenida Eduardo Elias Zahran a quantidade de comércios e instituições de ensino aumentam o fluxo de veículos na região.

No primeiro, a entrada e saída dos alunos da Unidep deixa o trânsito mais conturbado. E na segunda, o movimento é maior com os alunos e professores da Escola Estadual Hércules Maymone.

Para a comerciante Nilza Tavares, de 43 anos, a falta de atenção da prefeitura com a região é muito grave. "Atravessar a rua aqui é uma tarefa muito difícil, independente do horário. Os carros vem em alta velocidade da Rua Ceará e viram com tudo pra entrar na Avenida Joaquim Murtinho, não temos visibilidade nenhuma", relata.

Moto taxista há 5 anos, José Mario Dornelas, de 50 anos, culpa os motoristas pela confusão no trânsito na região. "No horário de pico todo mundo quer entrar ao mesmo tempo, tem acidente quase toda hora, para quem está de moto é mais fácil driblar o trânsito", diz.

Ele também sugere a presença de agentes de trânsito no local ou então a instalação de um semáforo.

Rotatória do cruzamento das ruas Ceará e Joaquim Murtinho. (Foto: Marcos Ermínio)
Rotatória do cruzamento das ruas Ceará e Joaquim Murtinho. (Foto: Marcos Ermínio)

Sinalização - A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) alega que já revitalizou sinalização nas regiões no entorno de 51 escolas, inclusive com a implantação de travessias elevadas.

Em nota a agência afirma que está sendo elaborado o planejamento para execução do plano de sinalização para os próximos oito meses, que será divulgado no início de abril.

"Depois de concluída a readequação na rotatória da Avenida Mato Grosso com Nelly Martins, será feito um estudo de fluxo viário para indicar o projeto mais adequado para a rotatória da Avenida Gury Marques com Interlagos", diz a nota.

A Agetran não informou sobre possíveis obras nas rotatórias da Avenida Euller de Azevedo e da Rua Joaquim Murtinho.

Rotatória do cruzamento das avenidas Costa e Silva e Interlagos. (Foto: Marcos Ermínio)
Rotatória do cruzamento das avenidas Costa e Silva e Interlagos. (Foto: Marcos Ermínio)
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