Mulher desmaia em fila que dura 4 horas em ponto para teste de covid
Na queda, ela bateu a cabeça na calçada e por isso precisou ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros
Horas de espera somadas ao calor de 32°C e a indisposição causadas pelos sintomas de gripe, fizeram com que uma mulher de 52 anos desmaiasse em frente ao centro de testagem, no Centro de Campo Grande, na tarde deste sábado (15). A cozinheira Leila Silva dos Santos Chaves já aguardava três horas por atendimento quando passou mal.
Leila estava com o filho e procurou o centro de testagem para descobrir se o mal-estar que sentia era consequência do coronavírus. Depois de três horas de espera, acabou desmaiando. Na queda, bateu a cabeça na calçada e por isso precisou ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros.
Apesar do susto, quando foi atendida pelos militares, a cozinheira já estava novamente consciente. Para quem ajudou a socorrer Leila a situação foi reflexo do caos no atendimento do centro de testagem. A espera ali ultrapassava 4 horas e muitos sequer sabiam se conseguiram senha para fazer o exame.
Foi o que contou Júlia Baraldi, de 37 anos. “Cheguei às 10h20 para pegar senha. Eu estou aqui a 2 horas, mas tem gente que está aqui para fazer o teste que está a 4 horas. A organização está péssima, estamos na fila para pegar a senha e não sabemos se vai ter senha para todos. Por que já não avisam se vai ter senha ou não?”, questionou.
Gislane de Araújo, de 39 anos, foi uma das pessoas que ajudaram a socorrer a cozinheira. Enquanto a colega de fila era socorrida, ela lembrou a peregrinação que precisou fazer até chegar ali. Foi em três postos de saúde e até no Aeroporto Internacional de Campo Grande, mas não conseguiu fazer o teste.
“Vim aqui hoje e estou a 2 horas esperando. Teria que ter mais locais fazendo testagem hoje na cidade”, reforçou. Entre os que esperam também existem os conformados. Para a funcionária pública Adir de Lins, de 46 anos, as filas no atual cenário da pandemia são inevitáveis.
“Temos que entender a situação que estamos vivendo no mundo e ter paciência. Estamos vivendo um caos com essa variante. Então temos que ter consciência e cuidar”, afirmou. O que de fato tem acontecido na cidade é o aumento da demanda pelo teste. Nos últimos dias todos os pontos de testagem estão com filas e longas horas de espera.
Em dezembro a realizada era bem diferente. Na época a equipe do Campo Grande News esteve no centro de testagem em frente a Praça do Rádio e se deparou com o local vazio, com tempo de espera de 5 minutos.
Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), o índice diário de teste nas últimas semanas ultrapassa 300 diagnósticos a cada 24 horas.