Nosso Lar diz que não terá como separar preso por esquartejar a mãe
A decisão de que ele seja transferido para o hospital foi tomada hoje (13) pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Dourados
O Hospital Psiquiátrico Nosso Lar em Campo Grande não terá como colocar em local separado o ex-estudante de medicina veterinária Camilo Vinicius D’Amico Freitas, 33 anos. A decisão de que ele seja transferido para o hospital foi tomada hoje (13) pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Dourados, César de Souza Lima, durante a audiência de custódia.
Camilo tem esquizofrenia e é o principal suspeito de esquartejar a própria mãe Pierina Maria D’Amico, 60 anos, na semana passada, em Dourados – a 233 quilômetros da Capital.
Conforme o diretor da unidade de saúde, Ener Guerreira da Fonseca, o hospital ainda não foi comunicado oficialmente sobre a decisão, no entanto, se de fato ocorrer ele irá acatá-la.
“Porém nós não temos condições de deixá-lo isolado. Ele [Camilo] terá que ficar com os outros pacientes. E se caso a Justiça o caracterize como perigoso até a escolta armada terá que ficar do lado de fora do hospital para que nenhum paciente possa por ventura tentar tomar uma arma dessa, por exemplo”, explica.
Ainda segundo o diretor, o local também não oferece segurança como muros e grades.
Esquartejamento - O corpo de Pierina D’Amico foi encontrado na casa dela, no Parque Alvorada, na tarde de sexta-feira (8), após uma pessoa ver uma mão jogada na calçada da residência. A perícia concluiu que a morte ocorreu entre 48 e 24 horas antes. Camilo foi encontrado nu, no quintal. Três facas sujas de sangue foram encontradas na casa.
A empregada de Pierina disse que na sexta de manhã foi à residência, chamou pela veterinária, mas como ninguém saiu para atender ao portão, ela foi embora. Como não percebeu a mão na calçada, a suspeita é que Camilo tenha jogado depois.
Natural de Santa Maria (RS), onde cursou veterinária, Pierina era servidora pública aposentada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Camilo chegou a iniciar a faculdade de veterinária, mas abandonou os estudos após apresentar a doença, há pelo menos uma década.