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Capital

Panfletagem vira principal método de ações contra a dengue

Gabriel Neris e Viviane Oliveira | 09/02/2013 09:55
Vereador Elizeu Dionisio entrega panfleto na mobilização de parlamentares (Foto: Arquivo/Rodrigo Pazinato)
Vereador Elizeu Dionisio entrega panfleto na mobilização de parlamentares (Foto: Arquivo/Rodrigo Pazinato)

A cada dia que passa sobe o número de casos confirmados de dengue, em Campo Grande. No combate ao mosquito Aedes Aegypt, várias campanhas e ações são feitas na tentativa de conscientizar a população em manter os terrenos e quintais limpos. Um dos meios de informação são as panfletagens que, em geral, são aprovadas pela população.

A dona de casa Ângela Salazar Gomes da Silva, de 43 anos, conta que há um pouco mais de um mês foi realizado o mutirão da limpeza na rua da casa dela, no bairro Tiradentes, e durante a coleta de lixo também eram entregues os panfletos aos moradores. Ela aprova a medida, mas ressalta que a população já sabe “de cor e salteado as orientações, mas o que falta é educação”.

Cícera Cordeiro Valença, de 37 anos, diz que quando recebe o panfleto e percebe que o assunto é referente à dengue, sua atenção é despertada pelo assunto, principalmente pela saúde dos filhos de dois e seis anos de idade. “Informação nunca é demais. A Prefeitura e as empresas ter que fazer esse tipo de informativo sim porque tem quem dá valor”.

Mas há também quem não acredite que apenas a distribuição do papel funcione para conscientizar a população. A operadora de telemarketing Daniele Oliveira, de 22 anos, a cita como exemplo. “Não é panfleto ou outdoor que vai fazer as pessoas cuidarem do terreno, deixar que não tenha água parada. Tem que ter compromisso”, afirma.

A jovem também pede que a população não coloque a culpa somente no município. “Cada um tem que fazer sua parte. A pessoas tem que contribuir, primeiro tem que pensar na sua casa, no bairro e na cidade”, ressalta Daniele.

Já a aposentada Judith de Souza, de 76 anos, conta que toda vez que lhe entregam materiais sobre a dengue, ela guarda e repassa para outras pessoas como os vizinhos e até os netos. Ela diz que a epidemia de dengue era esperada pelo costume das pessoas de não cuidarem dos próprios terrenos.

Aposentada Judith de Souza, de 76 anos, conta que entrega panfletos aos netos (Foto: Luciano Muta)
Aposentada Judith de Souza, de 76 anos, conta que entrega panfletos aos netos (Foto: Luciano Muta)
Cícera Cordeiro Valença mostra preocupação com a saúde da filha de dois anos (Foto: Luciano Muta)
Cícera Cordeiro Valença mostra preocupação com a saúde da filha de dois anos (Foto: Luciano Muta)

“Como uma sociedade fica a mercê de um mosquitinho que a gente mal consegue enxergar, que só depende da gente para ele vivier. As pessoas não caíram na real, que esse mosquito transmite a dengue, e a dengue mata”, complementa. “Informação tem. Qualquer pessoa, de uma criança até um idoso, sabe dizer como não criar um mosquito da dengue em casa”, completa a aposentada de Bandeirantes, mas que está em Campo Grande para um tratamento de saúde.

Do início do ano até a última terça-feira (5), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) registrou 21.975 casos de dengue na Capital. No Estado, seis pessoas já tiveram dengue como causa confirmada da morte. Outros 10 casos estão em investigação.

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