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Capital

Pego com munições em ação contra criminosos sexuais já foi preso com arma ilegal

Edmilson Barbosa da Rocha, de 49 anos, é condenado por crime cometido contra adolescente e tem ficha extensa

Anahi Zurutuza | 19/05/2021 09:51


Policiais chegam com um dos presos na Operação "Araceli" em delegacia da Capital (Foto: Aletheya Alves)
Policiais chegam com um dos presos na Operação "Araceli" em delegacia da Capital (Foto: Aletheya Alves)

Alvo da Operação Araceli, deflagrada na manhã de ontem (18), para levar pessoas que cometeram crimes contra crianças e adolescentes para a cadeia, Edmilson Barbosa da Rocha, de 49 anos, alega que munições encontradas no guarda-roupas dele estão guardadas há pelo menos 10 anos. Além de ser preso por força de mandado, responderá por posse ilegal de munições.

Em depoimento, Edmilson Barbosa disse que os oito projéteis .365, dois .40 e um .38 achados na casa dele foram deixados por policiais que há uma década o prenderam por posse ilegal de arma. Na época, ele saiu da cadeia após pagar fiança.

Na residência, também foi encontrada quantia em espécie, que o alvo disse estar guardado para uma reforma que estava tocando. O dinheiro chegou a ser apreendido, mas foi entregue depois ao enteado de Edmilson. O valor não ficou especificado no auto de prisão em flagrante, mas o Campo Grande News apurou que eram cerca de R$ 20 mil.

O alvo passa por audiência de custódia nesta manhã. Pelo crime de posse ilegal de munições, ainda na DEH (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Homicídios), o delegado Carlos Delano arbitrou fiança de R$ 5,5 mil, mas Edmilson, mesmo se pagar, deve permanecer preso porque é condenado em processo por crime cometido contra adolescente. Ele também tem passagens por violência doméstica.

Homem preso em operação chega á sede da delegacia. (Foto: Henrique Kawaminami)
Homem preso em operação chega á sede da delegacia. (Foto: Henrique Kawaminami)

A operação - Edmilson foi alvo da Operação Araceli, que levou para a cadeia 30 pessoas condenadas por cometerem crimes contra crianças e adolescentes, principalmente violência sexual. Nem todos eram foragidos da Justiça.

Agentes do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), policiais civis e militares foram às ruas de ao menos 10 bairros de Campo Grande, na manhã de ontem, “à caça” de 27 alvos, dos quais 20 foram localizados.

De acordo com o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, 69ª Promotoria de Justiça, nos últimos 10 dias, durante os levantamentos de campo para as buscas marcadas para a força-tarefa, 10 pessoas foram presas.

A operação foi deflagrada no Dia Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes , 18 de maio.

A data foi instituída pela Lei Federal 9.970, de 2000, escolhida em alusão ao "Caso Araceli", a menina que aos 8 anos foi raptada, drogada e violentada física e sexualmente por vários dias, antes de ser morta, ter seu corpo desfigurado por ácido e abandonado em um terreno baldio em Vitória, no Espírito Santo.  Araceli Cabrera Sánchez Crespo foi assassinada em 18 de maio de 1973. Vinte e um anos depois da criação da lei e 48 anos após a morte da criança, o crime segue impune.

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