Pelo 5º dia, bombeiros fazem buscas no rio Anhanduí pelo corpo de Kauan
Adolescente confessou ter ajudado em assassinato de Menino de 9 anos no dia 25 de junho
O Corpo de Bombeiros voltou ao rio Anhanduí para continuar as buscas pelo corpo do menino, Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos. Na manhã desta terça-feira (25) uma equipe com cinco militares vai percorrer as margens e o leito do rio, desde sexta-feira (21) as equipes fazem busca no local.
De acordo como tenente Alex Fernandes, enquanto não houver novidades no caso a corporação vai continuar as buscas no local indicado pelo delegado titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente), Paulo Sérgio Lauretto.
Kauan foi estuprado e assassinado violentamente no dia 25 de junho, conforme confissão de um adolescente de 14 anos que diz ter participado do crime junto com um homem de 38 anos. O suspeito preso pelo crime é o professor Deivid Almeida Lopes, morador do bairro Coophavilla II.
"Ontem nós andamos 12 km no leito do rio. Começamos na ponte do Jardim Pênfigo e fomos até uma propriedade particular depois da ponte da Gameleira. Hoje não temos um limite para seguir, vamos partir aqui da ponte da avenida Campestre", destacou o tenente.
Ainda conforme o militar, mesmo que não tenha um pedido do delegado as buscas vão continuar enquanto não houver novidades no caso. "A responsabilidade por fazer buscas em mata e na água é do Corpo de Bombeiros. Enquanto o delegado não disser que mudou algo, vamos continuar buscando o corpo no rio. só vamos parar se o delegado ligar e informar que está em outro ponto da cidade", afirmou.
Um mês – Conforme apurou a equipe da DEPCA, Kauan morreu no dia 25 de junho, dia em que saiu de casa para brincar e não voltou. O testemunho de um adolescente, de 14 anos, que teria levado Kauan até a casa do estuprador, norteou a investigação. No início da noite daquele dia, a criança estava a cerca de 3 km de casa, na Coophavilla 2 – bairro do sudoeste da cidade, onde o suspeito, um homem de 38 anos, mora.
Segundo o adolescente, quando o homem começou a violentar a criança, o menino se debatia, chorava bastante e gritava muito. Por isso, o suspeito pediu para o adolescente segurar o garoto enquanto ele tapava a boca do menino com a mão.
Minutos depois, Kauan parou de se debater e começou a sangrar pela boca. Foi quando o pedófilo e o adolescente constataram a morte, resolveram se livrar do corpo, o colocaram em um saco preto e atiraram no rio Anhanduí.
O suspeito, que diz ser professor, mas seria revendedor de celulares, nega ter cometido o crime. A polícia investiga se ele fez outras vítimas e ainda busca pelo corpo de Kauan, mas já trabalha com a certeza de que o menino foi assassinado.