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Capital

Pena aplicada a dupla por execução de empresário soma 23 anos

Terceiro membro que participou de julgamento foi considerado "inimputável"

Por Gustavo Bonotto e Ana Beatriz Rodrigues | 19/03/2024 22:39
Igor, Marcelo e Almiro se sentaram no banco dos réus nesta terça-feira (19), em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Igor, Marcelo e Almiro se sentaram no banco dos réus nesta terça-feira (19), em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Acusados pela execução do empresário Ronaldo Nepomuceno Neves, Igor Figueiró Rando e Marcelo Augusto da Costa Lima foram condenados durante julgamento ocorrido na tarde desta terça-feira (19), em Campo Grande. A soma das punições chega a 23 anos.

De acordo com os autos, Igor foi condenado a 11 anos pelos crimes de homicídio e tráfico de drogas. Já Marcelo teve a pena mais elevada, porque os jurados viram na conduta dele qualificadoras do homicídio, resultando em 12 anos de reclusão. Igor ainda teve fixada multa de 500 dias, com o valor de cada dia de 1/30 do salário-mínimo à época do crime.

O terceiro acusado, Almiro Cássio Nunes Orgeda, foi considerado inimputável (não compreende o ato ilícito) mediante internação definitiva por tempo indeterminado. Ele deverá passar por uma nova perícia médica e, assim, comprovar a cassação da periculosidade.

Ainda no júri, ocorrido hoje, os réus confessaram ter torturado o dono da boate, mas culparam o parceiro Kevin Dinderson dos Santos, de 29 anos, pelos golpes que mataram Ronaldo. Kelvin era um dos acusados, mas foi inocentado pelo crime em setembro de 2022.

O crime aconteceu em 2020. À época dos fatos, o corpo de Ronaldo foi encontrado parcialmente carbonizado ao lado de sua caminhonete Ford Ranger em estrada vicinal que dá acesso a Cachoeira do Ceuzinho. A vítima estava só de cueca com uma camiseta amarrada no pescoço.

Durante depoimento, Almiro contou que Ronaldo era uma pessoa muito perigosa e tentou matar Kelvin, que na data do crime o dono da boate estava torturando o parceiro no interior do estabelecimento, agredindo com socos, chutes, choques e golpes de faca. O motivo seria um possível roubo cometido pelo jovem dias antes.

Os acusados falaram que no dia 12 de setembro de 2020, dia da morte de Ronaldo, os três [Almiro, Igor e Marcelo] estavam em um local conhecido como Chacrinha, que fica do outro lado da rua da boate e Ronaldo teria chegado ao local e debochado da esposa de Kelvin. Eles alegam que o empresário falava em matar tanto Kelvin quanto os outros três, que todos eles eram usuários de drogas e que Ronaldo não gostava deles.

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