Policial civil assassinado pediu na semana passada transferência para Coxim
Retorno de Antônio Marcos Roque da Silva para delegacia de Coxim seria publicado nos próximos dias no Diário Oficial
O policial civil Antônio Marcos Roque da Silva, 39 anos, seria transferido da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) para delegacia de Coxim, município onde residia antes de ser transferido, há um ano e três meses. O pedido foi oficializado na semana passada.
Antônio Marcos Roque e Jorge da Silva Santos, 50 anos, ambos lotados na Derf, foram assassinados ontem a tiros, enquanto investigavam roubo a joalheria ocorrido no dia 21 de maio deste ano. O autor dos disparos, Ozeias Silveira Morais, 45 anos, morreu nesta madrugada.
Em coletiva esta manhã, o delegado-geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas, disse que Antônio não havia se adaptado em Campo Grande e pediu para voltar a Coxim, onde era lotado anteriormente.
Ontem, no Diário Oficial do Estado, havia saído a publicação de dispensa de Antônio Marcos da função de confiança de chefe de seção da Polícia Civil e, nos próximos dias, seria divulgada a remoção dele para Coxim, informou Vargas.
No Diário Oficial, consta que o policial civil foi transferido de Coxim para Campo Grande no dia 28 de fevereiro de 2019. em portaria do dia 12 de abril daquele ano, consta que ele foi transferido da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Relacionados à Atividade Executiva de Trânsito para Derf, onde estava a serviço.
Segundo Vargas, Antônio Marcos estava há 14 anos na polícia e, Jorge, há 18 anos. O delegado-adjunto Adriano Garcia Geraldo lamentou a morte. “Eram duas pessoas muito queridas da Polícia Civil, com certeza quem perde é a sociedade”.
Marcelo Vargas também lamentou a morte dos policiais, considerados exemplares. O delegado-geral criticou a Lei de Abuso de Autoridade, já que Ozeias Silveira de Morais foi levado na viatura descaracterizada sem algemas, na condição de testemunha. “Se eu estiver numa situação, depois disso que aconteceu, prefiro responder por abuso de autoridade do que não voltar pra casa”.