Prefeito vistoria posto, acha farmácia vazia e planeja compra emergencial
Nesta semana, prefeito já esteve na UPA da Vila Almeida
Sem avisar, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) chegou no fim da tarde desta quarta-feira (4) ao CRS (Centro Regional de Saúde) do bairro Tiradentes – no leste de Campo Grande – para vistoriar a unidade. “Vim ver de perto como está o atendimento, conversar com as pessoas e saber o que está faltando”, afirmou o chefe do Executivo municipal.
Esta é a segunda visita surpresa em unidade de saúde que o prefeito faz desde que assumiu o cargo, na segunda-feira (2). Ele continuará fazendo as fiscalizações em dias e horários que não serão divulgados antecipadamente. O objetivo é evitar que os postos sejam “arrumados” antes da chegada de Marquinhos.
O gestor do CRS Tiradentes, Vinícius Andrade, foi quem recebeu o prefeito. Ele avisou da falta de medicamentos – alguns tipos de antibióticos, por exemplo – e ao terminar a visita, do chefe do Executivo municipal falou da necessidade de comprar remédios emergencialmente, mesmo que não haja recursos disponíveis no momento. “Faremos o que for preciso, saúde é urgência”, afirmou Marquinhos ao ser questionado sobre a possibilidade de pedir socorro financeiro.
Durante a vistoria na farmácia, o fiscal da Vigilância Sanitária, Andres do Amaral, também comentou com o prefeito da falta de remédios. “Nunca vi uma situação assim”, afirmou o servidor que trabalha há sete anos na unidade.
Marquinhos pediu que os funcionários do CRS façam um relatório completo sobre quais medicamentos estão em falta e qual a maior demanda. O prefeito pretende abrir licitação para comprar remédios ainda neste mês para repor os estoques pelos próximos seis meses. “Queremos estocar, estocar, estocar”, disse o chefe do Executivo.
Impressão – No primeiro dia à frente da prefeitura, por volta das 20h, Trad esteve na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida – bairro do oeste da Capital –, segundo divulgou a assessoria de imprensa.
Para o prefeito, a unidade da Vila Almeida está em condições piores, principalmente em relação à parte física. “Isso aqui é um absurdo. Uma construção com menos de sete anos não deveria estar nestas condições. É preciso dar a devida manutenção para que o local não fique insalubre e caindo aos pedaços”, disse por meio da assessoria, sem revelar quais são os próximos passos para viabilizar a reforma.
Nesta tarde, Marquinhos voltou a comentar sobre a UPA. “A chuva de hoje deve ter ‘machucado’ a unidade”.
O CRS do Tiradentes atende de 100 a 150 pessoas por dia e, de acordo com o gerente da unidade, a preocupação é com o aumento da demanda neste início de ano por conta da dengue.
Nas duas vezes que Marquinhos esteve em postos de saúde, todos os profissionais escalados estavam de prontidão, mas usuários reclamaram da demora no atendimento.