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Capital

Prefeitura organiza pontos e quer pôr fim ao déficit de 200 táxis e mototáxi

Aliny Mary Dias | 30/10/2014 10:25
Carteirinhas a novos coordenadores de pontos foram entregues em cerimônia (Foto: Marcelo Calazans)
Carteirinhas a novos coordenadores de pontos foram entregues em cerimônia (Foto: Marcelo Calazans)

Para dar andamento às discussões entre a prefeitura, os taxistas e mototaxistas, principalmente em relação ao déficit de aproximadamente 200 carros e motos em Campo Grande, a prefeitura credenciou, nesta quinta-feira (30), 147 coordenadores de pontos de táxi e mototáxi e oficializou os novos coordenadores

Os profissionais, 75 deles taxistas e 72 mototaxistas, serão responsáveis por repassar aos coordenadores-gerais qualquer tipo de problema ou reivindicação da classe. Os coordenadores, por sua vez, integrarão um comitê multidisciplinar coordenado pela Agetran (Agência Municipal de Trânsito).

Atualmente existem em Campo Grande 490 táxis, 490 mototáxis e 700 taxistas auxiliares que rodam em veículos que ficam distribuídos nos pontos.

O titular da Agetran, Jean Saliba, explica que o trabalho em conjunto fará com que os profissionais e a prefeitura discutam os problemas do trânsito da cidade e enfrentados pela categoria. “É muito importante ouvirmos todos os lados, buscamos o melhor para a cidade”, diz.

Os dois coordenadores-gerais foram eleitos pelos permissionários dos pontos nos últimos 29 e 30 de setembro. O representante dos taxistas, Fernando Yonaka, explica que em relação ao déficit de táxis é necessário um estudo mais profundado, mas algumas reivindicações são antigas e merecem atenção da prefeitura.

“Nós temos várias relcmações em relação ao acesso a banheiros, locais para descanso e abrigos melhores, porque quando chove muitos locais não têm proteção nenhuma. Vamos esperar as primeiras reuniões do comitê para entender realmente no que poderemos ajudar”, diz.

A coordenadora-geral dos mototaxistas, Marlene Pereira de Souza, ressalta que a eleição dos represantes é histórica e vai ajudar na organização dos profissionais. “É a primeira vez que isso acontece e esperamos que com isso nosso trabalho melhore, precisamos de mais segurança nas ruas e esse diálogo com a prefeitura será primordial para isso”.

Prefeito pretende organizar categoria com a criação de coordenadores (Foto: Marcelo Calazans)
Prefeito pretende organizar categoria com a criação de coordenadores (Foto: Marcelo Calazans)
Comitê multidisciplinar será coordenado pela Agetran (Foto: Marcelo Calazans)
Comitê multidisciplinar será coordenado pela Agetran (Foto: Marcelo Calazans)

Durante a cerimônia, que contou com a presença do prefeito Gilmar Olarte, os coordenadores dos pontos receberam as carteirinhas emitidas pela prefeitura. De acordo com Olarte, o objetivo é que não só a categoria evolua, mas que a cidade seja beneficiada.

“A escolha dos coordenadores-gerais por meio de eleição mostra que nosso governo é transparente. Esperamos que os profissionais tenham melhores condições de trabalhar e que toda a população ganhe com essa organização”, completa.

Discussão – No fim de setembro, a criação de 160 alvarás para taxistas foi assunto de uma audiência pública realizada na Câmara Municipal. Nos últimos dias, a informação de que a prefeitura pretende criar 160 novos alvarás para os táxis reacendeu a discussão. Para o presidente do Sintáxi (Sindicato dos Taxistas do Estado de Mato Grsso do Sul), Bernardo Quartin Barrios, a criação dos novos táxis partiu de uma ação unilateral da prefeitura e não é aprovada pelos permissionados.

Quem confirma haver um déficit e afirma que alguns pontos da minuta do projeto de lei devem ser rediscutidos é o presidente da Assotáxi (Associação dos Taxistas Auxiliares de Campo Grande), José Carlos Áquila. Ele afirma que são necessários pelo menos novos 120 táxis na praça da Capital para suprir a demanda.

A maioria dos alvarás não tem prazo para término da permissão para explorar o serviço, que é uma concessão pública. Para quem foi contemplado na licitação para 50 alvarás, concluída em 2012, o prazo é de 15 anos. Além da Constituição Federal já prever que toda concessão de serviço público, sendo o táxi um deles, seja precedida por licitação, o governo baixou em 1995, uma lei determinando prazo até 31 de dezembro de 2010 para que os municípios se adequassem às normas.

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