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Capital

Professores marcam nova paralisação para receber proposta da Prefeitura

Caso não haja acordo, categoria entrerá em greve geral

Jéssica Benitez e Gabrielle Tavares | 25/11/2022 16:17
Professores durante assembleia nesta sexta-feira (25) (Foto: Gabrielle Tavares)
Professores durante assembleia nesta sexta-feira (25) (Foto: Gabrielle Tavares)

Na próxima terça-feira (29) professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) farão nova paralisação para analisar proposta de reajuste que deve ser enviado pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota). Caso o documento não atenda o mínimo esperado pela categoria, será deflagrada greve geral que começará no dia 1° de dezembro. O impasse é sobre o percentual de reajuste a ser dado.

Nesta sexta-feira (25) os profissionais paralisaram as atividades para realização de assembleia na qual traçaram os próximos passos da manifestação. De acordo com o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre, até hoje nenhum prefeito cumpriu reajuste de 10,39% determinado por lei, sempre sob alegação de que não podem ferir a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

“Então hoje a decisão é por mais uma paralisação e ainda assim é uma demonstração de que somos tolerantes, porque vamos esperar a prefeita que ficou de entregar proposta na terça-feira de manhã”, contou. Enquanto Lucílio recebe a proposta do Executivo, os professores vão panfletar no centro da cidade, já que estarão em assembleia permanente.

Lucílio Nobre, presidente da ACP (Foto Gabrielle Tavares)
Lucílio Nobre, presidente da ACP (Foto Gabrielle Tavares)

“Assim que pegarmos a proposta vamos apresentar em assembleia e analisar. Se concordarmos, seguimos (com as atividades) normais e estará desfeita a greve que está aprovada para o dia 1° de dezembro”, explicou.

Seja como for, os dois dias de paralisação serão repostos. A desta sexta será compensada no sábado (2), e a de terça-feira será reposta em algum sábado ou ao final do calendário escolar.

Por fim o presidente avaliou que “existem saídas, se ela (prefeita) quiser tem jeito. Ela está há oito meses (como chefe do Executivo), deveria ter feito o dever de casa”, finalizou. A reunião desta tarde ocorreu na ACP com lotação máxima.

Outro lado – Em nota, a Prefeitura reforçou que proposta será entregue no dia 29 deste mês, conforme ficou acordado em reunião nesta manhã.

Contudo, informou que a legislação aprovada no início do ano traz um impeditivo para o município dar aumento imediato, já que condiciona o ato ao cumprimento do Limite Prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, de 51,3% para gastos com a folha de pagamento.

“Esse gasto era de 59,6% quando da aprovação da lei, e hoje está em 57,1%, depois que a atual gestão adotou medidas de enxugamento de gastos, que continuam em andamento”, diz a nota.

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