Professores marcam nova paralisação para receber proposta da Prefeitura
Caso não haja acordo, categoria entrerá em greve geral
Na próxima terça-feira (29) professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) farão nova paralisação para analisar proposta de reajuste que deve ser enviado pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota). Caso o documento não atenda o mínimo esperado pela categoria, será deflagrada greve geral que começará no dia 1° de dezembro. O impasse é sobre o percentual de reajuste a ser dado.
Nesta sexta-feira (25) os profissionais paralisaram as atividades para realização de assembleia na qual traçaram os próximos passos da manifestação. De acordo com o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre, até hoje nenhum prefeito cumpriu reajuste de 10,39% determinado por lei, sempre sob alegação de que não podem ferir a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
“Então hoje a decisão é por mais uma paralisação e ainda assim é uma demonstração de que somos tolerantes, porque vamos esperar a prefeita que ficou de entregar proposta na terça-feira de manhã”, contou. Enquanto Lucílio recebe a proposta do Executivo, os professores vão panfletar no centro da cidade, já que estarão em assembleia permanente.
“Assim que pegarmos a proposta vamos apresentar em assembleia e analisar. Se concordarmos, seguimos (com as atividades) normais e estará desfeita a greve que está aprovada para o dia 1° de dezembro”, explicou.
Seja como for, os dois dias de paralisação serão repostos. A desta sexta será compensada no sábado (2), e a de terça-feira será reposta em algum sábado ou ao final do calendário escolar.
Por fim o presidente avaliou que “existem saídas, se ela (prefeita) quiser tem jeito. Ela está há oito meses (como chefe do Executivo), deveria ter feito o dever de casa”, finalizou. A reunião desta tarde ocorreu na ACP com lotação máxima.
Outro lado – Em nota, a Prefeitura reforçou que proposta será entregue no dia 29 deste mês, conforme ficou acordado em reunião nesta manhã.
Contudo, informou que a legislação aprovada no início do ano traz um impeditivo para o município dar aumento imediato, já que condiciona o ato ao cumprimento do Limite Prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, de 51,3% para gastos com a folha de pagamento.
“Esse gasto era de 59,6% quando da aprovação da lei, e hoje está em 57,1%, depois que a atual gestão adotou medidas de enxugamento de gastos, que continuam em andamento”, diz a nota.