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Capital

Em dia sem aula, protesto termina, mas impasse de reajuste salarial continua

Professores fecharam avenida e prefeita Adriane Lopes (Patriota) prometeu apresentar proposta na terça-feira

Caroline Maldonado e Izabela Cavalcanti | 25/11/2022 11:42
Reunião entre representantes dos professores e prefeita Adriane Lopes (Patriota). (Foto: Divulgação/Fetems)
Reunião entre representantes dos professores e prefeita Adriane Lopes (Patriota). (Foto: Divulgação/Fetems)

Terminou por volta das 10h45 a manifestação de professores que reivindicam reajuste salarial previsto em lei. A Avenida Afonso Pena chegou a ser bloqueada na esquina com a Rua 25 de Dezembro, mas o trânsito flui normalmente. Depois de reunião com a prefeita Adriane Lopes (Patriota), representantes dos professores informaram que o impasse continua. Com as aulas paralisadas nesta sexta-feira (25), os professores farão assembleia durante a tarde e esperam por novo encontro com a prefeita na terça-feira (29).

Eles não descartam uma greve, mas o presidente da ACP, Lucílio Nobre, não quis tocar no assunto. Ele informou apenas que “nada foi resolvido” e levará aos professores o que foi conversado para que seja definido o que vão fazer diante do impasse.

“Primeiro, quero agradecer a persistência de vocês [professores]. Não é pouca coisa o que vocês estão fazendo e fizeram. Foi discutida uma saída, neste momento, mas uma saída que não contempla. Nós vamos apresentar o que foi discutido lá na assembleia. Nada foi resolvido, sem diálogo”, disse Lucílio.

O vereador Valdir Gomes (PSD) participou da reunião e disse que foi discutido um abono que poderia ser de 400,00 para ser pago em dezembro, mas isso não chegou a se concretizar como proposta.

“Inicialmente foi discutido esse abono, mas esse valor não foi aceito, foi só uma discussão e não uma proposta. A proposta, a prefeita vai fazer na terça-feira”, contou Valdir.

A prefeitura vai emitir uma nota por meio da assessoria de imprensa sobre a manifestação e o impasse quanto ao pagamento do reajuste escalonado.

Além de Lucílio, participaram da reunião o presidente eleito da ACP, Gilvano Kunzler Bronzoni, outros dois professores e a presidente interina da Fetems, Beumeires Moraes; além da prefeita e o secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Mário César.

Manifestação - A Polícia Militar de Trânsito chegou à Avenida Afonso Pena, em frente à Prefeitura de Campo Grande, onde professores se manifestaram e o bloqueio foi finalizado por volta das 10h30.

Os manifestantes tomaram a pista depois que receberam a informação de que não seriam atendidos ainda durante a manhã pela prefeita, Adriane Lopes (Patriota), que sugeriu reunião somente às 14h. Logo após o bloqueio, a prefeitura permitiu a entrada de representantes da ACP e Fetems para a reunião.

Manifestantes e policiais na Avenida Afonso Pena, em frente à Prefeitura de Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Manifestantes e policiais na Avenida Afonso Pena, em frente à Prefeitura de Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

Entenda a reivindicação - A prefeitura não pagará o reajuste de 10,39% em dezembro para não ultrapassar o limite da folha de pagamento, o que infringiria a lei de responsabilidade fiscal.

Ocorre que o percentual faz parte de um aumento, previsto em lei municipal, que está sendo concedido em partes para cumprir lei federal que sobre o piso de 20h de R$ 3,3 mil para 3,8 mil. No entanto, a lei municipal diz que a prefeitura deve pagar se tiver condições financeiras.

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