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Capital

Revitalização do Centro pode construir apartamentos para ocupar vazios

Antonio Marques | 28/09/2015 13:19
Projeto de revitalização da Rua 14 de Julho deve ser licitado a partir do mês de outubro e as obras devem iniciar em março de 2016 (Foto: Antonio Marques)
Projeto de revitalização da Rua 14 de Julho deve ser licitado a partir do mês de outubro e as obras devem iniciar em março de 2016 (Foto: Antonio Marques)

O prefeito Alcides Bernal (PP) participou na manhã desta segunda-feira, 28, de uma reunião de trabalho com representantes do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) do Lincoln Institute of Land Police, que tratou da apresentação de mais uma etapa do Programa Viva Campo Grande, que prevê o projeto de revitalização da região central da Capital e do PAC Mobilidade, que representa investimentos da ordem de R$ 400 milhões para Campo Grande nos próximos seis anos.

Conforme a coordenadora da Central de Projetos da prefeitura, Catiana Sabadin, a expectativa é que no próximo mês de outubro, o governo federal convoque o município para assinar o contrato de liberação do financiamento externo com o BID, no valor de U$ 56 milhões (cerca de R$ 220 milhões no câmbio de hoje, R$ 3,99 o dólar), valor a ser investido no projeto de revitalização da região central da Capital.

Antes, porém, a prefeitura vai precisar tirar o nome do município do Cadin (Cadastro de Inadimplentes) do governo federal. O prefeito garantiu que já teria entrado com ação na justiça para limpar o nome de Campo Grande, o que deve ocorrer muito breve. “Essa regularização é urgente, uma vez que temos capacidade de endividamento a longo prazo”, comentou o prefeito.

Para a liberação do financiamento externo, com taxa de juros de 1,19% ao ano, a prefeitura apresentou como contrapartida os investimentos financiados com verba do PAC Mobilidade, que prevê mais R$ 180 milhões para requalificação de vias na Capital, especialmente os corredores do transporte coletivo.

Dessa forma, Catiana Sabadin destacou que além da revitalização da rua 14 de Julho, que sofrerá as maiores mudanças, também vai ser possível realizar intervenções nas ruas transversais e a requalificação das ruas Rui Barbosa, 13 de Maio e Avenida Calógeras, entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso. São obras que devem ser executadas nos próximos cinco anos.

Catiana Sabadin informou que, após a assinatura do contrato em Brasília, o passo seguinte seria a licitação das obras. No entanto, o início das intervenções deve acontecer em conformidade com os comerciantes para evitar prejuízos ao comércio no centro, pois são previstos 20 meses de obras. “Estimamos o início das obras no mês de março, porém vamos combinar com os comerciantes e realizar por etapas”, detalhou.

Para Bernal, o projeto cria uma boa expectativa para Campo Grande por representar novos investimentos para o desenvolvimento da cidade, com preenchimentos de espaços vazios no município e requalificação de vias urbanas. “Campo Grande tem capacidade de superar os problemas. O que precisamos é de punição para aqueles que praticaram crimes e que eles não estejam aí tentando atrapalhar nosso município”, ressaltou o prefeito.

Bernal disse que uma prioridade do projeto será o recapeamento da Avenida Bandeirantes, que segundo ele, estaria com os projetos abandonados e correndo o risco perder os recursos. Revelou ter solicitado a sua equipe para priorizar a requalificação dessa avenida e, também, da Rua Brilhante. O prefeito declarou não poder aceitar que um grupo de “poderosos empreiteiros” empeça a participação de interessados na licitação. “Acredito que o Ministério Público e a Polícia Federal já estão atuando para evitar que essas dificuldades não se repita.”

Para a coordenadora da Central de Projetos da prefeitura, Catiana Sabadin, uma forma de atrair mais empresas para a requalificação dessas vias será aumentar os lotes no processo licitatório. Ela explicou que o desinteresse das empresas na licitação se deveu ao fato de serem apresentados lotes pequenos com valores não atraentes.

Novos Projetos - Durante a reunião, a coordenadora da Central de Projetos também apresentou novas propostas do Programa Viva Campo Grande, de reocupação de vazios urbanos na região central da Capital, como o uso de áreas desocupadas próximo a Avenida Ernesto Geisel, nas proximidades da Orla Morena, e um terreno atrás do futuro Centro de Belas Artes.

Catiana Sababin esclareceu que são projetos que ainda dependem de viabilidade econômica e, por isso, ainda não têm previsão de execução, mas que são possíveis de serem viabilizados. “No entanto, depende de vontade política e financeira para tornar realidade”, explicou.

Dentre as novidades, a criação do Parque da Esplanada, com 94 mil metros quadrados, que envolve toda a área da Feira Central; implementação de projeto piloto de habitação; e também revitalização da área do prédio do antigo terminal rodoviário, que prevê a construção de um complexo multifuncional, com apartamentos residenciais e salas comerciais.

Para a execução dos projetos seria necessário a parceria público privado, em que a prefeitura entraria com área e incorporadoras entrariam com os investimentos para a construção dos prédios de apartamentos, que poderiam ser oferecidos para funcionários públicos, inclusive. “Todos os projetos ainda depende de estudos de viabilidade”, destacou Catiana Sabadin.

Após a apresentação, Bernal fez questão de comunicar que a Central de Projetos deve funcionar ao lado de seu gabinete pela importância do trabalho que tem proposto para o desenvolvimento de Campo Grande.

Um dos projetos que depende de estudos de viabilidade é a revitalização da área da antiga rodoviária (Foto: Antonio Marques)
Um dos projetos que depende de estudos de viabilidade é a revitalização da área da antiga rodoviária (Foto: Antonio Marques)
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