"Rezar pra não chover mais”, diz mãe que vai dormir em cama molhada com 4 filhos

Paula Corrêa da Silva, de 30 anos, o marido e os quatro filhos vão dormir em cama molhada nesta quarta-feira, após chuva de 159 milímetros que cai em Campo Grande desde às 5 horas. Eles moram em loteamento do Bairro Santa Emília e com cartão disponibilizado pela Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), de seis mil reais, fizeram o muro da moradia, mas a casa é de lona.

“A gente priorizou o muro porque fica na esquina e pensei na segurança dos meus filhos”, relatou Paula, lembrando que em outras chuvas deste ano já teria havido problemas, mas nunca na intensidade de hoje, em que a água entrava na casa pelo teto e pingava por toda a extensão do local.

Camas, colchões, roupas, alimentos, móveis e eletrodomésticos ficaram molhados e provavelmente inutilizados. “Entrou água por cima e molhou tudo. É o único lugar que eu tenho, então é rezar pra não chover à noite”, relata.

Segundo ela, a família, com as crianças de 1, 2, 8 e 11 anos de idade, não tem outro lugar pra ir e vão ter que dormir em colchão molhado mesmo. No loteamento vivem, pelo menos, mais 25 famílias que também sofreram com a chuva de hoje. “Tem famílias em situação pior que a nossa”, afirmou.

Em contato com a Amhasf, foi informado que a diretora-presidente, Maria Helena Bughi está no local junto com uma equipe da SAS (Secretaria de Assistência Social). "A previsão é de realizar 150 atendimentos emergenciais na cidade e a Amhasf está com três equipes volantes".

O loteamento tem projeto de regularização, chamado Comunidade Lagoa. "As famílias vão receber também o benefício do Credihabita para auxiliar na aquisição dos materiais de construção", diz a agência.

Quem quiser e puder ajudar pode entrar em contato com a Paula pelo telefone (67) 99178-7615.