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Capital

Sem ter para onde levar invasores, Emha aguarda projetos de habitação

Famílias que ocupam o condomínio Nova Alvorada protestaram em área da prefeitura nesta segunda (13)

Por Gustavo Bonotto e Silvia Frias | 13/05/2024 20:33
Brinquedos infantis em meio a entulho do condomínio Nova Alvorada. (Foto: Juliano Almeida)
Brinquedos infantis em meio a entulho do condomínio Nova Alvorada. (Foto: Juliano Almeida)

A situação dos moradores despejados do condomínio Nova Alvorada, obra condenada pelo Corpo de Bombeiros Militar, continua sob estudo e acompanhamento da prefeitura. Segundo apurado pela reportagem, a Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) aguarda a aprovação de novos projetos de empreendimentos habitacionais oriundos de programas de moradia, que estão em fase de análise na Caixa Econômica Federal.

Em texto enviado à imprensa, na noite desta segunda-feira (13), a administração municipal alegou não dispor de unidades habitacionais disponíveis e nem viabilidade de moradias provisórias para abrigar as famílias que têm prazo de até 60 dias para sair do local. "[...] Os moradores podem procurar a agência para verificar se estão aptos a integrarem os programas emergenciais vigentes", diz o comunicado.

A contagem mais recente, segundo apurado pelo Campo Grande News, é que 18 famílias moram nos 16 apartamentos no Bairro São Jorge da Lagoa. O imóvel é da Construtora Degrau, a mesma empresa que disputa na Justiça a posse do Residencial Atenas, na Mata do Jacinto, outro conjunto de apartamentos inacabados, que ficou conhecido como “Carandiru”, e foi alvo de operação policial em junho de 2023. Agora, a empresa enfrenta batalha judicial pelo que parece ser o "Novo Carandiru".

Até o fechamento desta matéria, os ocupantes do residencial continuam acampados em terreno da prefeitura, no Jardim Tijuca. Os residentes foram até o lugar após serem informados, através de pedido judicial, que teriam que sair do condomínio Nova Alvorada.

Os manifestantes alegaram que uma equipe da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) "revirou" o terreno para que fosse impedido de montarem barracas no local. Além disso, alegaram que houve desrespeito por parte da GCM (Guarda Civil Metropolitana). Vídeo encaminhado pelo canal Direto das Ruas mostra o momento em que guardas retiram famílias com uso de spray de pimenta e bala de borracha.

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