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Capital

Só 10 alvos de prisão temporária serão ouvidos pelo Gaeco nesta quinta-feira

Três policiais civis falaram hoje cedo e outros 2 já prestaram depoimento agora à tarde

Geisy Garnes e Liniker Ribeiro | 03/10/2019 15:00
Viatura do Garras chegando ao Gaeco nesta tarde (Foto: Liniker Ribeiro)
Viatura do Garras chegando ao Gaeco nesta tarde (Foto: Liniker Ribeiro)

Os policiais civis Elvis Elir Camargo Lima e Frederico Maldonado Arruda estão na lista de presos ouvidos na tarde desta quinta-feira (3) no Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). Segundo a defesa, eles foram orientados a responderem todas as perguntas feitas durante depoimento.

Conforme apurado pelo Campo Grande News, os dez alvos de prisão temporária da Operação Omertà, realizada na sexta-feira, dia 27 de setembro, contra o grupo de milicianos comandados por Jamil Name e Jamil Name Filho, o Jamilzinho, devem prestar depoimentos nesta tarde.
Para isso, toda a rotina do Gaeco foi alterada. Cones foram colocados no meio da avenida e agente armado no principal portão.

O primeiro a chegar á sede do Gaeco nesta tarde foi o advogado Márcio Sandim, responsável pela defesa dos dois policiais. Ele afirmou que nos autos do processo não existe qualquer prova robusta que vincule os clientes aos crimes que estão sendo investigados. Isso, segundo ele, justifica porque o pedido de prisão foi temporário.

Para o advogado a amizade de Elvis e Frederico com os também policiais civis Márcio Cavalcanti da Silva e Vladenilson Daniel Olmedo, pode ter sido o motivo da prisão. É por entender e respeitar a operação que Sandim afirma não ter feito nenhum pedido de liberdade até agora.

“Entendemos como estratégica técnica ser necessária aguardar as oitivas, depois sim será cabível o pedido para mostra que a prisão não se justifica mais”, explica. “O que não foi colhido em cinco meses de investigação não será em 30 dias”. Ainda conforme Sandim, os dois policiais foram orientados a esclarecer todas as dúvidas dos promotores.

Edgar Calixto, advogado do cuidador de cavalos Luís Fernando da Fonseca e do segurança Euzébio de Jesus Araújo, também foi ao Gaeco e afirmou que os clientes foram “orientados a usufruir o direito constitucional de permanecer calado, até que se tenha dimensão dos autos”. “A defesa não teve acesso inteiriço ao processo. Todo dia aparece uma coisa nova”.

Para o defensor, os depoimentos desta tarde irão influenciar o novo pedido de liberdade feito por ele à justiça. O primeiro foi negado no dia 29 de setembro.

Um dos advogados responsável pela defesa do policial federal Everaldo Monteiro de Assis, feita pelo juiz aposentado Odilon de Oliveira, pelo filho dele, o vereador Odilon de Oliveira Júnior e outros dois advogados, Adriano Magno de Oliveira e Alício Garcez Chaves, também compareceu ao Gaeco para acompanhar o depoimento do cliente.

Logo cedo, foram ouvidas 3 testemunhas e 3 guardas municipais que seriam seguranças de grupo de extermínio em Campo Grande, liderados pelo empresário Jamil Name e um dos filhos.

Advogado Márcio Sandim, responsável pela defesa de Elvis Elir e Frederico Maldonado (Foto: Liniker Ribeiro)
Advogado Márcio Sandim, responsável pela defesa de Elvis Elir e Frederico Maldonado (Foto: Liniker Ribeiro)
Edgar Calixto faz a defesa de Luís Fernando e do segurança Euzébio de Jesus (Foto: Liniker Ribeiro)
Edgar Calixto faz a defesa de Luís Fernando e do segurança Euzébio de Jesus (Foto: Liniker Ribeiro)
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