Tocha não arrasta multidão, mas emociona durante revezamento
Apesar do simbolismo, a passagem da tocha olímpica por Campo Grande, durante a tarde desse sábado, não empolgou o campo-grandense. Diferente de outras cidades brasileiras, o evento na Capital não arrastou multidão, mas quem se animou para ir ao encontro do maior símbolo olímpico garante que foi emocionante.
A vinda da tocha não superou as expectativas, levando em consideração a importância do evento e o valor investido. O trajeto começou na Avenida Duque de Caxias, mas foi apenas na área central da cidade que o evento teve maior público. Aglomeração só ocorria nos momentos de troca de condutores do fogo, mas a maior parte era de familiares dos selecionados.
Algumas escolas municipais também convocaram alunos para reforçar o público nas ruas, mas poucos estudantes participaram.
Para aqueles que não tinham nenhum envolvimento com o evento, a passagem da tocha pela Capital não tem nada de positivo. Para a Engenheira Civil Renata Cordeiro, 38 anos, “é um gasto desnecessário, existem outras prioridades. Sem contar que deixou o trânsito caótico”, criticou.
Até a crise econômica do País foi usada como justificativa contra o evento. “Estamos atravessando uma crise, é gastar dinheiro fora e que poderia ser investido em outras áreas”, opinou,a pesar da maior parte dos recursos virem da iniciativa privada, de patrocinadores como bancos e montadoras de veículos.
Mesmo sem a empolgação que tem caracterizado o evento nas cidades que a tocha passou, teve gente que fez questão de participar do momento histórico e se emocionou.
A administradora de empresas Laura Moreira Gomes, de 46 anos, é prova disso. Ela contou que para conseguir levar o filho de 10 anos ao trajeto, teve até que deixar de lado os compromissos profissionais e explicou: “É um marco importante no esporte e na cultura, vale a pena se esforçar e participar. É único”, disse.
“É inexplicável, é um momento único e que ser para a valorização do esporte”, comentou o professor de Educação Física Mario Jara, 32 anos, que carregou a tocha a partir da Avenida Eduardo Elias Zahran.