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Capital

Tribunal pagaria R$ 18 milhões a menos por outro shopping e hotel

Edivaldo Bitencourt e Aline dos Santos | 11/02/2014 17:01
Tribunal de Justiça vem agilizando a construção da Central de Juizados no 26 de Agosto (Foto: Cleber Gellio)
Tribunal de Justiça vem agilizando a construção da Central de Juizados no 26 de Agosto (Foto: Cleber Gellio)

O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que adquiriu o Shopping 26 de Agosto por R$ 38 milhões, tinha ao menos duas opções mais baratas para centralizar serviços do Poder Judiciário: o Shopping Marrakech e o Hotel Campo Grande. O órgão poderia economizar cerca de R$ 18 milhões se optasse pela alternativa mais em conta.

Os dois imóveis atendiam o principal requisito do Judiciário, uma área de aproximadamente 8 mil metros quadrados. A economia para os cofres públicos poderia chegar a R$ 17,8 milhões.

A proposta de venda do Marrakech era de R$ 24.597.975,00. Localizado na esquina das ruas 25 de Dezembro e Antônio Maria Coelho, no Jardim dos Estados, o imóvel fica próximo ao Fórum e à Prefeitura de Campo Grande.

De acordo com a proposta, a área inicial de 8.959.41 m² (metros quadrados) passou por alterações e foi ampliada para 10.040 m². O imóvel tem cinco pisos: terraço, segundo andar, primeiro andar e subsolo.

O subsolo comporta 53 veículos. Na rua 25 de Dezembro, um terreno de 405 m², que também entraria na negociação, disponibilizava mais 20 vagas de estacionamento. Os dados foram disponibilizados ao tribunal em março de 2013.

Também mais barato, o Hotel Campo Grande, na Rua 13 de Maio, poderia ser adquirido por R$ 21 milhões. O prédio tem 13 pavimentos em elevação, um pavimento de subsolo, um mezanino e uma cobertura com casa de máquina e caixa d’água. A área total edificada é de 8.834 m². O estacionamento comporta 40 veículos, mas área pode ser ampliada.

Conforme a proposta de venda, esquadrias, piso e elevadores estão em bom estado de conservação. As informações foram repassadas em agosto de 2013.

Os imóveis foram avaliados após o Tribunal de Justiça acatar recomendação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para centralizar os serviços em um local de fácil acesso.

Atualmente, o órgão gasta R$ 70.539 por mês com alugueis. O tribunal informou ao governo, responsável por desapropriar o imóvel que seria escolhido, de que a necessidade era um prédio de aproximadamente 8 mil metros quadrados e estacionamento com350 vagas para carros e 50 para motos.

O Shopping 26 de Agosto é o que mais se enquadra, por ser construção recente e que facilitaria a adaptação, segundo justificativa anexada ao processo.

Os outros dois imóveis foram descartados porque são construções “muito antigas” e as vagas de “são insuficientes para atender a demanda”. Outro ponto apontado foi o alto custo da reforma.

A Amamsul (Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul) também teria opinado pela compra do Shopping 26 de Agosto e manifestado-se contra o Hotel Campo Grande e o Shopping Marrakech. O outro ponto seria a pouca acessibilidade.

O primeiro preço ofertado pelo Shopping 26 de Agosto foi de R$ 36,5 milhões. Este valor acabou sendo elevado após novas majorações.

O Campo Grande News entrou em contato com o Tribunal de Justiça, mas a assessoria ficou de se manifestar após receber email.

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