Veterano, promotor que já desmaiou e quebrou 3 óculos volta para júri da Omertà
Em julho, Douglas foi comandar grupo especial do MPMS, mas retorna para acusar Jamilzinho
O segundo júri da operação Omertà marca o retorno momentâneo do promotor Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos ao Tribunal do Júri. Com mil julgamentos no currículo, que já lhe rendeu desmaio, três óculos quebrados e quase troca de socos, o promotor deixou o júri em julho para comandar o Gacep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), responsável por investigar policiais.
Nesta segunda-feira (16), Douglas se junta à força-tarefa de promotores que busca a condenação de quatro réus pela morte de Marcel Colombo, o “Playboy da Mansão”. Os denunciados são Jamil Name Filho, Everaldo Monteiro de Assis (policial federal), Marcelo Rios (ex-guarda municipal) e Rafael Antunes Vieira (ex-guarda municipal).
“O volume de provas técnicas é verdadeiramente absurdo. Felizmente nós vamos ter um bom número de dias para exibirmos para o conselho de sentença, através da inquirição de testemunhas. Nós teremos, inclusive, o tempo dilatado. O doutor Aluízio [juiz] aumentou o tempo dos debates, de forma que nós teremos total tranquilidade para mostrar ao conselho de sentença tudo aquilo que foi produzido”, afirma o promotor.
Douglas liderou a acusação no primeiro julgamento da Omertà, em que Jamilzinho e Rios foram condenados pela morte do estudante Matheus Xavier, executado por engano.
Também atuam no julgamento de hoje os promotores Gerson Eduardo de Araújo, Moisés Casarotto e Luciana do Amaral Rabelo.
Segundo a promotoria, os mandantes foram Jamil Name (falecido) e o filho Jamilzinho. “Destaca que Jamil Name e Jamil Name Filho agiram por motivo torpe, visto que mandaram matar em razão de vingança por agressão anterior praticada pela vítima”. Name e Marcel tiveram desentendimento em uma boate.
Conforme o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o então guarda municipal Marcelo Rios era de confiança dos Names e um dos responsáveis por receber ordens e repassá-las aos demais, fornecendo suporte nas missões.
O policial federal Everaldo Monteiro de Assis é apontado como intermediário. Ele auxiliava os "homens de confiança" em relação ao suporte necessário à realização das tarefas. Já Rafael Antunes Vieira teria ocultado a arma usada no crime. Juanil Miranda Lima efetuou os tiros de pistola contra a vítima. Ele está foragido.
Marcel, de 31 anos, foi executado à queima-roupa em um bar da Avenida Fernando Corrêa da Costa, Vila Rosa Pires, em Campo Grande, na madrugada de 18 de outubro de 2018. Um amigo dele ficou ferido.
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