Em bilhetes, Maníaco da Cruz prega "fim dos cristãos" e outro homicídio
Dionathan Celestrino, de 21 anos, que ficou conhecido como “Maníaco da Cruz”, deixou na pensão em que estava hospedado algumas páginas escritas a mão. O material foi publicado pelo site de notícias da rádio Amambay, do Paraguai. Alguns textos deixam a impressão que o jovem estaria perto de cometer outro assassinato. Nos manuscritos, ele também prega "o fim dos cristãos".
Conforme as publicações, Dionathan também havia escrito novas mensagens com ordens que deveria cumprir.
A proprietária da pensão contou que nunca pensou que o rapaz fosse perigoso. Ela diz que Dionathan era um bom rapaz, andava calado e quase não saia do quarto. Segundo a proprietária, o jovem ainda estava tentando aprender a língua local.
A mulher contou ainda que o pagamento para que Dionathan permanecesse na pensão era feito antecipadamente. Ele recebia a visita de duas mulheres. A suspeita é que se trata da mãe e da tia do rapaz. A proprietária da pensão disse que o jovem foi preso com cerca de dois milhões de Guarani.
A Polícia brasileira não recebeu os escritos do rapaz. Ontem, o Maníaco da Cruz foi transferido de Ponta Porã para a 7ª Delegacia de Polícia em Campo Grande. Ele deve realizar exames na manhã desta quinta-feira.
Mortes - O primeiro a morrer foi o pedreiro Catalino Gardena, que era alcoólatra. O crime foi em 2 de julho de 2008. A segunda vítima foi a frentista homossexual Letícia Neves de Oliveira, encontrada morta em um túmulo de cemitério, no dia 24 de agosto.
A terceira e última vítima foi Gleice Kelly da Silva, de 13 anos, encontrada morta seminua em uma obra, no dia 3 de outubro. Dionathan foi apreendido no dia 9 de outubro, seis dias após o último assassinato.
(matéria editada para alterações às 8h26 de quinta-feira, 02 de maio)