“Não é suvenir”, alega adjunto sobre granada que feriu menino em aldeia
Menino de 12 anos achou granada em área de conflito, cortou artefato e perdeu dedos em explosão
O ferimento de um menino de 12 anos, que perdeu dedos da mão esquerda ao manipular uma granada usada pela polícia, recolhida em local de conflito entre índios e seguranças de sitiantes, motivou apenas alerta do secretário adjunto da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), coronel da Polícia Militar Ary Carlos Barbosa, de que o artefato não é suvenir (lembrancinha).
“O material não é para levar para a casa, para brincar. Levar como suvenir. Isso é um perigo. Tem que chamar as forças de segurança”, afirma. De acordo com ele, o incidente com o menino, que mora na aldeia Bororó, em Dourados, não teve registro formalizado.
A granada de luz e som, também chamada de atordoamento, é um explosivo não letal capaz de desorientar temporariamente os sentidos.
O Campo Grande News falou ontem com o tio do menino, que relatou que a criança achou a granada na estrada e levou escondido para a casa. Na sequência, o menino cortou o artefato, acendeu um isqueiro e teve três dedos da mão esquerda decepados na explosão. Ele foi levado para o Hospital da Vida.
Segundo a assessoria de imprensa da PM (Polícia Militar), no dia do conflito, na última sexta-feira (dia 3), participaram da operação três unidades policiais diferentes e não há confirmação se a granada tenha sido utilizada por alguma.
“Com base nisso, o comandante do 3º Batalhão da Policia Militar instaurou Inquérito Policial Militar para apurar e averiguar a origem, a ação, o emprego, bem como, as lesões resultantes”.
Em caso de localização de artefato, a Polícia Militar orienta isolamento do local e acionamento imediato da polícia pelo telefone 190.