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Interior

Advogado indiciado por matar ex-líder do PSL é preso por bater na ex-esposa

Ex-líder do PSL, Fernanda Ribeiro foi degolada e o corpo arrastado para às margens da MS-276, em abril de 2021

Dayene Paz | 01/02/2022 06:44
O advogado, de camisa xadrez, em meio a viaturas policiais. (Foto: Nova News)
O advogado, de camisa xadrez, em meio a viaturas policiais. (Foto: Nova News)

Solto desde outubro do ano passado, mediante uso de tornozeleira eletrônica, o advogado Alexandre França Pessoa, 42 anos, voltou a ser preso e, desta vez, por violência doméstica. Alexandre foi indiciado pelo assassinato de Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, de 36 anos, ex-presidente do Diretório Municipal do PSL em Nova Andradina, a 300 quilômetros de Campo Grande.

Alexandre foi preso na época do crime, em abril de 2021, e ficou custodiado no Presídio Militar da Capital. No dia 19 de outubro, foi liberado para colocar tornozeleira eletrônica. No entanto, há cerca de 20 dias, foi denunciado por violência doméstica pela ex-esposa.

Fernanda Ribeiro foi encontrada morta no dia 29 de abril. (Foto: Divulgação/Arquivo)
Fernanda Ribeiro foi encontrada morta no dia 29 de abril. (Foto: Divulgação/Arquivo)

A Polícia Civil apurou a denúncia e pediu a prisão preventiva do advogado, que foi cumprida nesta segunda-feira (31). Ele foi localizado em casa, no Jardim Imperial, em Nova Andradina.

O caso - Fernanda e o suspeito possuíam um relacionamento amoroso, bastante conturbado. No dia em que Fernanda foi morta, 28 de abril, teriam marcado de se encontrar no início da noite.

Fernanda foi encontrada morta no dia 29 de abril. Ela foi degolada e o corpo arrastado para às margens da MS-276, em Batayporã. A Polícia Civil iniciou uma série de investigações que resultaram na prisão do advogado.

Prints de mensagens trocadas pela vítima reforçam a tese de que ciúmes foi a principal motivação para a morte. Conforme testemunhas, o advogado prometia se casar com Fernanda, mas estava em processo de divórcio e não deixava a casa da antiga mulher.

O advogado se tornou réu por homicídio triplamente qualificado e mais dois crimes após o Poder Judiciário acatar denúncia feita pelo MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul).

No entendimento do MPMS, o crime foi cometido com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele ainda teria ocultado o cadáver da namorada em um milharal, sendo que o corpo só foi encontrado na manhã seguinte. O advogado teria também alterado elementos com fim de induzir as autoridades ao erro.

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