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Interior

Câmara suspende salário de oito envolvidos na "farra das diárias"

Luciana Brazil | 27/01/2015 12:50
Gaeco apreendeu documentos na Câmara de Vereadores. (Foto: Rio Pardo News)
Gaeco apreendeu documentos na Câmara de Vereadores. (Foto: Rio Pardo News)

A Câmara Municipal de Ribas do Rio Pardo, a 103 quilômetros de Campo Grande, por meio de determinação judicial, suspendeu o salário de oito vereadores que foram afastados por suspeita de envolvimento na “farra das diárias” - esquema que desviou cerca de R$ 3,5 milhões com diárias fantasmas e contratos fraudulentos. Oito parlamentares foram afastados acusados de participação no crime.

A suspensão do pagamento, publicada hoje (27) no Diário Oficial do Município, será por tempo indeterminado, conforme decreto assinada pelo presidente da Casa de Leis, Sebastião Roberto Colli.

Tiveram o benefício suspenso o ex-presidente da Casa Adalberto Alexandre Domingues, o Betinho (PRTB), o presidente da Câmara, Antonino Ângelo da Silva, Célia Regina Rodrigues Ribeiro, Cláudio Roberto Siqueira Lins, Diony Erick de Souza Silva, Fabiano Duarte da Silva, Justino Machado Nogueira e Lucineide Marques Nossa. Eles deixam de receber um salário de R$ 5,9 mil cada.

Caso -De acordo com a investigação do MPE (Ministério Público Estadual), que durou cerca de 10 meses, os vereadores faziam saques de dinheiro em um supermercado do município, pagavam pensão alimentícia com dinheiro público, forjavam relatórios de viagens e ensinavam os colegas a seguir com os esquemas fraudulentos.

O Ministério fez uma relação de crimes cometidos por cada um dos acusados. O grupo também contratava empresas sem licitação ou por procedimentos licitatórios que não passavam de farsa, para beneficiar empresas de familiares e de amigos dos agentes públicos.

No dia 13 de janeiro foi aberta uma Comissão Processante para investigar o esquema corrupto na Câmara. Em novembro, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrou a Operação Viajantes que apreendeu documentos na Casa de Leis. A promotoria do município ingressou com uma ação civil publica para investigar os gastos da Câmara.

Como não foram condenados pela Justiça, os vereadores ainda possuem os mandatos, mas podem perdê-los se a Comissão Processante cassa-lós.

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