Com 7 votos, Câmara de Sidrolândia abre CPI após prisões por corrupção
Gaeco investigou fraudes em licitações e desvio de dinheiro público na última sexta-feira (21)
Em meio ao recesso parlamentar, 7 dos 15 vereadores de Sidrolândia, cidade a 71 quilômetros de Campo Grande, abriram CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra a prefeita Vanda Camilo (PP) durante sessão extraordinária realizada na noite desta quinta-feira (27).
Votaram a favor: Enelvo Iradi Felini Junior (PSDB), José Ademir Gabardo (PSDB), Elieu da Silva Vaz (PSB), Adavilton Brandão (MDB), Izaqueu de Souza Diniz (Patriota) - conhecido como Gabriel Auto Car, Cristina Fiuza (MBD) e Cleyton Martins Teixeira (PSB). Já Otacir Pereira Figueiredo (PP), conhecido como Gringo, se absteve do voto. O restante não compareceu à sessão.
Agora, a comissão liderada por Enelvo Junior tem 90 dias para investigar as denúncias apontadas pelo Gaeco. Vale ressaltar que Cleyton Martins foi apontado como relator, Ademir Gabardo como secretário e, por fim, Adavilton e Izaqueu como membros.
A iniciativa acontece após o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrar a segunda fase da Operação Tromper na cidade, na última sexta-feira (21). Um grupo de parlamentares decidiu investigar se houve improbidade administrativa do Executivo.
Conforme noticiado pela reportagem, a ação investiga organização criminosa por fraudes em licitações, desvio de dinheiro público e pagamento de propina a agentes públicos.
O Gaeco identificou, por meio de quebra de sigilo bancário, que o servidor comissionado Tiago Basso da Silva recebeu em sua conta pessoal R$ 2 mil de uma das empresas envolvidas no esquema, a PC Mallmann (Rocamora). O servidor foi exonerado pela prefeita nesta segunda-feira (24).
Até 2020, ele atuou em cargo comissionado como chefe do setor de execuções e fiscalização e atestava as notas fiscais, uma delas identificada em licitação supostamente fraudulenta.
Conforme consulta ao Portal da Transparência, o servidor tinha remuneração de R$ 1.900. O advogado João Carlos Gomes entrou com pedido de habeas corpus para libertar Basso.
A segunda fase da operação também prendeu os empresários Ueverton da Silva Macedo, o “Frescura”, e Roberto da Conceição Valençuela. Roberto é sócio-administrador da R & C Comércio, Serviços e Manutenção Ltda. A empresa tem como principal atividade o comércio varejista de ferragens e ferramentas. Além de 55 atividades secundárias.
Também foi decretada a prisão do empresário Ricardo Rocamora, que está foragido. "Tromper", verbo que dá nome à operação, traduz-se da língua francesa como enganar. A primeira etapa foi deflagrada no mês de maio.
A reportagem tentou contato com a chefe do Executivo para se posicionar, mas o telefone celular segue desligado desde sexta-feira. O espaço segue aberto.
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