Corpo de ex-prefeito será sepultado às 16h e polícia pode ter “novidades”
Velório de Oscar Goldoni ocorre na sede da prefeitura; empresário e político foi morto por pistoleiros ontem em Ponta Porã; delegado do caso disse nesta quarta que investigação teve avanço
O corpo do empresário e ex-prefeito Oscar Goldoni será sepultado às 16h desta quarta-feira (16) no cemitério Cristo Rei, em Ponta Porã, cidade a 323 km de Campo Grande, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Atual presidente municipal do PDT, o ex-deputado estadual e federal foi morto por pistoleiros por volta de 11h40 de ontem, quando saía da agência local do Detran.
Oscar Goldoni, que tinha 66 anos de idade, está sendo velado no Paço Municipal, sede da prefeitura daquela cidade. Ontem o prefeito Ludimar Novais (sem partido) decretou luto oficial de três dias no município pela morte de Goldoni.
Pode ter novidades – O delegado que atua no caso, Patrick Linares da Costa, disse nesta quarta ao Campo Grande News que a investigação sobre o assassinato de Goldoni teve avanços de ontem para hoje, mas não divulgou detalhes, segundo ele, para não atrapalhar o trabalho da polícia. “Poderemos ter novidade até o final do dia”, afirmou.
Patrick Linares da Costa disse que Oscar Goldoni disparou pelo menos dez tiros com sua pistola calibre 9 milímetros, mas não havia sinais de sangue nas proximidades do local e também nenhuma pessoa ferida por tiro procurou atendimento nos hospitais de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, o que indica que ele não tenha conseguido atingir os pistoleiros. O único sangue presente no local era de Goldoni, próximo à sua caminhonete.
Segundo o delegado, os tiros de fuzil que mataram o ex-prefeito foram disparados da rua, por um dos dois pistoleiros que estavam possivelmente em uma caminhonete escura.
O delegado disse que Oscar Goldoni tinha ido ao Detran para levar um documento de caminhões de uma de suas empresas e foi atendido pelo diretor do órgão na cidade. Quando saiu, foi alvejado pelos pistoleiros.
Sem testemunhas – Patrick da Costa disse ter conversado com pessoas que estavam próximas ao local do crime, mas não conseguiu muita informação. “Quem viu não quer falar. Entrevistei populares ontem, mas todo mundo fica com medo, ninguém abriu nada. Uma pessoa que não quer se identificar falou que era uma caminhonete escura com dois ocupantes. Um deles desceu e efetuou os disparos. Mas não podemos contar muito com esses testemunhos”, disse o delegado.