Empresário que tentou esconder notebook é solto sob fiança de 7 mil
Proprietário da Base Construtora, Genilton Moreira foi alvo de operação do Gaeco
Preso em flagrante por tentar esconder notebook e celulares durante a operação Velatus (velado, em latim), o empresário Genilton da Silva Moreira foi solto após pagar fiança de R$ 7.060 (cinco salários-mínimos).
Na audiência de custódia, o juiz Valter Tadeu Carvalho, da Vara Única Terenos, também determinou a proibição de se ausentar da comarca por mais de oito dias, manutenção de endereço atualizado e comparecimento a todo e qualquer ato do processo.
“Assim, observando a necessária excepcionalidade da prisão preventiva, não há fundamentação legal para ensejar a decretação da segregação cautelar do flagrado”, afirma o magistrado. Já o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) havia pedido a conversão da prisão em flagrante para preventiva por crime de obstrução de Justiça.
Genilton é proprietário da empresa Base Construtora e Logística. Ambos foram alvos de operação que mira contratos de engenharia na Prefeitura de Terenos. No registro da prisão em flagrante, equipe da PM (Polícia Militar) cedida ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) relata que ficou por dez minutos esperando para ter acesso à residência de Genilton, em Terenos, na manhã da última terça-feira (dia 13).
Depois, quando solicitada a entrega do celular, ele disse que tinha perdido o aparelho um dia antes, numa fazenda, e entregou somente dois aparelhos antigos e danificados. A equipe fez buscas e encontrou notebook e celular Iphone 14 no telhado do segundo piso do sobrado. Após 1h30 de buscas, um segundo aparelho celular foi encontrado escondido no telhado.
A empresa de Genilton tem total de R$ 2.185.126,46, pelo que consta no Portal da Transparência, em contratos com a administração da cidade a 31 km de Campo Grande, onde vivem 17,6 mil pessoas. O maior contrato – de R$ 1.106.692,61 – foi firmado em outubro do ano passado para a substituição de três pontes de madeira por galerias de concreto.
"Em relação à investigação do Gaeco, temos que aguardar, mas ele está à disposição para manifestar sobre os fatos e esclarecerá tudo o que for necessário", afirma o advogado Pedro Paulo Sperb Wanderley, que atua na defesa do empresário.
A operação Velatus foi realizada pelo Gaeco, Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e 1ª Promotoria de Justiça de Terenos.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.