Enquanto aguardam recurso no TJ, professores mantêm greve parcial
Pelo terceiro dia consecutivo aulas começam mais tarde nas 45 escolas da Rede Municipal de Ensino de Dourados
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Os 27 mil alunos das 45 escolas municipais de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, continuam chegando mais tarde para as aulas devido à greve de professores e servidores administrativos, iniciada segunda-feira (21). Desde terça, as aulas do período matutino começam às 8h30 e no período da tarde às 14h30.
Retardar o início das aulas em uma hora e meia foi a forma encontrada pelos educadores de Dourados para manter a paralisação sem descumprir a liminar do desembargador Carlos Eduardo Contar, do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que manda o sindicato da categoria manter dois terços dos professores trabalhando.
Sem avanço nas negociações com a prefeitura, o Simted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação), entrou com recurso no TJ para derrubar a liminar e retomar a greve geral, mas o pedido ainda não foi analisado.
Na terça-feira, a prefeita Délia Razuk (PR) disse aos grevistas que não haverá reajuste salarial neste ano devido à situação financeira do município. A prefeitura aponta a queda na arrecadação e de repasses federais em decorrência da crise econômica do país como principal causa do rombo nas contas do município.
Apesar da liminar que limitou a greve, nesta semana os educadores douradenses tiveram uma vitória na Justiça. O juiz José Domingues Filho, da 6ª Vara Cível, negou mandado de segurança impetrado pela prefeitura que tentava tornar sem efeito a decisão da Câmara de Vereadores, que anulou uma resolução da Secretaria de Educação estipulando punição aos grevistas.