Governo restaurará rodovias e vai acionar Justiça para obras na garantia
Com asfaltos velhos ou mal restaurados, as rodovias de Mato Grosso do Sul tornaram-se um grande problema que o governo tenta resolver. Em alguns casos, editais de projetos executivos resolvem a questão, mas em outros, que ainda estão sob garantia, a situação será tratada na Justiça diante da recusa das empreiteiras em arcar com os reparos.
O secretário da Infraestrutura, e presidente da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), Ednei Marcelo Miglioli, disse ao Campo Grande News que as obras em vários trechos que ruíram principalmente com as chuvas em 2016 passaram por uma investigação de um comitê e estão nas mãos da Procuradoria Jurídica.
Como exemplo ele cita o trecho da MS-156 que liga Amambai a Tacuru e a MS-295 que liga Tacuru a Iguatemi. Ambos foram revitalizados e entregues durante a gestão anterior, mas já apresentam problemas.
As empreiteiras responsáveis culpam erros no projeto executivo, que segundo elas foram seguidos à risca, e por isso não têm responsabilidade alguma em consertá-los.
Existe também a situação da MS-430, cuja obra foi executada pela Proteco, alvo da operação Lama Asfáltica. Existe suspeita de superfaturamento na casa dos R$ 7,5 milhões. A rodovia, que liga São Gabriel do Oeste a Rio Negro, foi inaugurada em dezembro de 2014, mas já apresenta problemas, como buracos
Por isso, um comitê ligado ao Conselho de Governança da Segov (Secretaria Estadual de Governo) foi criado para analisar esses casos. O chefe do grupo, Felipe Matos, disse ao Campo Grande News na semana passada que as ações estão sendo preparadas.
Equanto isso, o governo tem feito consertos paliativos para não prejudicar os motoristas que trafegam sobre essas pistas.
Consertos - Miglioli revelou ainda que existem outros trechos cujas pavimentações são mais antigas e ruíram já com a garantia da execução vencida. É o caso do trecho da MS-156 que liga Amambaia a Caarapó, cujo edital de reparo deve ser publicado ainda nesta semana sob o custo de R$ 55 milhões, ao passo que uma empresa irá tampar os buracos de forma paliativa a partir de amanhã.
Ele também citou o trecho da MS-295 que liga Paranhos a Tacuru e Amambai; a MS-395 entre Bataguassu e Brasilândia; a MS-338 entre Santa Rita do Pardo e Bataguassu e a MS-470 entre Douradina e Itaporã. O secretário não informou a previsão dos editais desses pontos.