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Interior

Índios defendem sitiantes e enfrentam invasores em área de conflito

Tiros e rojões ouvidos no início desta tarde provocaram nova tensão em propriedades localizadas na região norte de Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 24/07/2017 14:54
Grupos rivais se enfrentam em sítios na região norte de Dourados (Foto: Adilson Domingos)
Grupos rivais se enfrentam em sítios na região norte de Dourados (Foto: Adilson Domingos)

Grupos indígenas rivais estão se enfrentando nos arredores da cidade de Dourados, a 233 km de Campo Grande. Contrários às invasões de sítios e chácaras localizados próximos ao anel viário, moradores da aldeia Bororó tentam impedir que outro grupo entre nas propriedades.

Tiros e rojões foram ouvidos por moradores vizinhos e ainda nesta tarde a Polícia Federal deve ir ao local com apoio da Polícia Militar.

Os confrontos ocorrem perto da chácara Morada do Sol, invadida na tarde de ontem. O dono da chácara, Antonio Carlos de Carvalho, 58, e o genro dele, Carlos Heleno de Almeida, 31, ficaram feridos durante a briga.

De acordo com Carlos Heleno, índios moradores da aldeia Bororó não aceitam as invasões e decidiram se unir aos proprietários rurais para impedir que os grupos rivais montem acampamentos nos sítios.

Já o grupo que luta pela demarcação das terras afirma que os índios estão sendo financiados e armados pelos sitiantes para impedir as ocupações.

O vídeo abaixo mostra os índios atirando rojões entre eles. Os grupos rivais estão separados por uma estrada de terra, que liga o anel viário às propriedades.

Um novo acampamento está sendo montado em uma das chácaras ocupadas. Os índios que estão no local acusam os “fazendeiros” de colocar fogo na pastagem, para expulsá-los da área. Já os sitiantes afirmam que os índios que atearam fogo em lavouras.

O comandante da PM em Dourados, tenente-coronel Carlos Silva, disse que equipes foram ao local ontem para atender a ocorrência de lesão corporal e permaneceram até hoje de manhã. Segundo ele, os policiais continuam nas proximidades, mas como o conflito envolve terras a competência é da Polícia Federal. (Colaborou Adilson Domingos)

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