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Interior

Pai denuncia má qualidade de água em escola e fala até em rato no bebedouro

Na denúncia, homem afirma que alunos estão bebendo água quente e testa a temperatura abrindo uma das torneiras

Alison Silva | 12/09/2023 18:42

Pai de um aluno da Escola Municipal Indígena Apolo Felipe Antônio, localizada na zona rural de Miranda, gravou vídeo para reclamar da falta de higiene e má qualidade da água oferecida aos alunos. O homem revelou que o filho chegou em casa contando que um rato morto havia sido encontrado no bebedouro e decidiu ir até a unidade.

Na filmagem, o pai afirma que os alunos estão bebendo água quente e testa a temperatura abrindo uma das torneiras. "Meu filho chegou em casa reclamando, disse que os funcionários acharam rato morto no bebedouro. Vim procurar funcionário, mas não achei ninguém, só os alunos mesmo. Está podre (bebedouro), quero chamar atenção das autoridades”, diz no vídeo, divulgado nesta terça-feira (12).

Após a repercussão, o cacique responsável pela Aldeia Argola, local onde a escola se encontra, saiu em defesa dos servidores da unidade. No início da tarde, ele também foi até a escola e junto do diretor Misael Sebastião e demais servidores falou sobre o ocorrido em uma transmissão ao vivo por rede social. “Como que um rato vai entrar no bebedouro lacrado? Nenhum mosquito pode entrar dentro porque é lacrado, a pessoa está equivocada”, destacou o cacique.

No mesmo vídeo, Sebastião, reconhece as condições do bebedouro e diz que a administração está agindo para comprar outro equipamento para os alunos. “Nenhum momento os alunos estão com água quente, a gente sabe que é burocrático, vamos providenciar um bebedouro novo. Quero esclarecer e pedir para que a comunidade desconsidere isso”, destacou Misael.

Na live, o cacique apresentou um projeto de reforma e ampliação da escola.

Ao Campo Grande News, o prefeito Fábio Florença (UB) destacou que a administração já deu andamento para adquirir o novo bebedouro. “Estamos nos organizando para comprar. O processo vai tramitar em medida de urgência. Precisamos licitar a compra, que será feita com o dinheiro do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica)”, finalizou.

Problemas - Sem se identificar, a tia de outros alunos da escola destacou que os sobrinhos reclamam frequentemente da estrutura da escola, e que o espaço está sempre sujo, sem funcionários e com péssima administração.

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