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Interior

Paraguai suspeita do PCC em execução de policial e promete ação imediata

Suboficial Fredy César Diaz foi perseguido e fuzilado hoje em Pedro Juan Caballero

Helio de Freitas, de Dourados | 13/01/2021 09:51
Policial observa carro de investigador executado hoje na fronteira (Foto: Rádio Ñanduty)
Policial observa carro de investigador executado hoje na fronteira (Foto: Rádio Ñanduty)

A polícia paraguaia vê os tentáculos da facção brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) na execução do suboficial Fredy César Díaz, ocorrida nesta quarta-feira (13) em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. Ele foi morto por pistoleiros de moto logo após sair de casa para ir ao local de trabalho.

Fredy Díaz trabalhava no departamento de investigações da Polícia Nacional, o mesmo que no sábado (9) prendeu Giovanni Barbosa da Silva, 29, o “Bonitão”, até então o chefão do PCC na fronteira. Horas mais tarde, já na madrugada de domingo, policiais do mesmo departamento trocaram tiros com bandidos da facção que tentaram resgatar o chefe.

A Polícia Nacional não revelou se Fredy estava na equipe que prendeu “Bonitão” e depois trocou tiros com os bandidos, mas cápsulas deflagradas de fuzil foram encontradas dentro do carro que ele usava no momento do ataque de hoje, um utilitário Jeep Compass.

O diretor de Prevenção e Segurança da Polícia Nacional, comissário Carlos Miguel López Russo, admitiu suspeitas contra o PCC, mas afirmou ser difícil afirmar que a execução de Fredy Díaz tenha sido obra da facção brasileira.

Segundo ele, outras quadrilhas que operam na Linha Internacional poderiam aproveitar o momento para atacar organismos de segurança, pois a situação apontaria de imediato o PCC como responsável.

“É difícil dizer se foi represália. Há grande número de procedimentos policiais que levaram criminosos para a cadeia. Além disso, poderiam aproveitar o episódio de domingo [tentativa de resgate] para eliminar um rival e colocar a culpa em outro”, afirmou Russo.

Ao jornal ABC Color, o comissário disse ser importante uma ação imediata para prender os pistoleiros e mandantes do crime. Carlos Miguel López Russo admitiu, no entanto, dificuldade para esclarecer crimes de execuções na fronteira, já que as testemunhas se recusam a denunciar os autores por medo de represália.

O comissário afirmou que efetivos da Polícia Nacional estão sendo deslocados de outras cidades paraguaias para reforçar o policiamento em Pedro Juan Caballero.

A execução - Fredy Díaz tinha acabado de sair de casa para ir trabalhar quando foi surpreendido pelos pistoleiros em uma moto. Ele tentou fugir em alta velocidade, mas o Jeep Compass foi alvejado por tiros. O policial perdeu o controle da direção e bateu em uma árvore.

Um dos pistoleiros se aproximou do carro e disparou um tiro na nuca do suboficial. O chefe de investigações da Polícia Nacional na cidade, comissário Rubén Paredes, informou que Fredy teve perda de massa encefálica, mas ainda chegou a ser socorrido com vida. Ele morreu minutos depois.

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