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Interior

Pistoleiro de traficante preso em MS em 2015 é executado no Paraguai

Cristino Velázquez foi encontrado morto a tiros e facadas na zona rural de Ypejhú, perto de Paranhos (MS)

Helio de Freitas, de Dourados | 21/02/2017 08:52
Neneco foi preso em MS em outubro de 2015 e deportado para o Paraguai (Foto: Arquivo)
Neneco foi preso em MS em outubro de 2015 e deportado para o Paraguai (Foto: Arquivo)

Considerado um dos mais sangrentos assassinos da fronteira do Paraguai com o Brasil, o pistoleiro Cristino Velázquez foi encontrado morto na zona rural de Ypejhú, cidade vizinha de Paranhos (MS), a 469 km de Campo Grande.

De acordo com a polícia paraguaia, Velázques trabalhava para o narcotraficante Vilmar Acosta Marques, o Neneco, capturado em Mato Grosso do Sul em março de 2015 e deportado oito meses depois para o Paraguai.

Segundo agentes da Polícia Nacional, Velázques foi encontrado morto ontem em uma estrada de terra perto da comunidade Pariri, localizada entre Itanará e Ypejhú, em um local praticamente inacessível, sem sinal de rádio e celular. Ele foi morto a tiros e golpes de faca.

Em agosto de 2014, quando Neneco era prefeito de Ypehjú, Cristino Velázques foi acusado de matar o ex-prefeito da cidade, Julián Nuñez. Ele teria cometido o crime junto com Wilson Acosta Marques, irmão de Neneco. A vítima era rival político do narcotraficante.

O procurador do departamento de Curuguaty, Vicente Rodriguez, ordenou que o corpo do pistoleiro fosse submetido a exames no hospital de Ypehjú.

Ex-prefeito assassinado – Em depoimento ao Ministério Público, testemunhas afirmaram que Velázquez e Wilson Acosta Marques seguiram Julián Nuñez depois que o ex-prefeito deixou a sede de uma faculdade no centro de Ypejhú e o executaram a tiros de escopeta calibre 12, por volta de 21h45 do dia 1º de agosto de 2014.

Apesar de várias pessoas terem visto o crime e prestado depoimento ao MP paraguaio, nenhuma delas quis ser testemunha durante o julgamento e os bandidos foram absolvidos. Nuñez disputava a eleição de prefeito com Neneco no ano em que foi morto.

Neneco está preso em Assunção, capital do Paraguai, acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Pablo Medina, repórter do jornal ABC Color.

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