Polícia da fronteira segue sem pistas de assassino de ator paulista
Os policiais também procuram piloto de Eldorado que escondia Paulo Cupertino Matias
A polícia de Mato Grosso do Sul segue sem pistas de Paulo Cupertino Matias, 49, assassino do ator Rafael Miguel e dos pais do rapaz, em junho de 2019, em São Paulo. O criminoso estava escondido em um sítio no município de Eldorado, a 447 km de Campo Grande, extremo sul do Estado.
Na região de Dourados, para onde o criminoso teria fugido após o esconderijo ser descoberto, as buscas são coordenadas pela Delegacia Regional da Polícia Civil.
Ontem (2), o delegado regional Lupércio Degerone disse ao Campo Grande News não existir informação oriunda de fonte confiável de que Cupertino tenha sido visto na cidade. Mesmo assim, a polícia monitora a situação.
Na região de Eldorado as buscas são feitas por equipes da delegacia local. Naquele município, a polícia procura também o piloto de avião Alfonso Helfenstein, dono do sítio onde Cupertino se escondia usando nome falso de Manoel Machado da Silva e mantinha uma enorme barba branca.
Segundo a polícia local, Alfonso tem residência em Eldorado, cidade localizada na rota do contrabando e do tráfico de drogas e a 20 km em linha reta do território paraguaio. Em 2008, o piloto tinha sido preso com 300 quilos de maconha.
Informações da polícia paulista revelam que desde o dia 27 de outubro o tenta chegar ao Paraguai de carona. Reportagem exibida segunda-feira (2) pelo programa Cidade Alerta, da TV Record, mostrou o sítio onde o criminoso estava escondido desde Agosto.
O sítio de 90 metros quadrados fica no Assentamento Floresta Branca. No local, ele foi apresentado por Alfonso Helfenstein como o novo ajudante da propriedade e ganhava R$ 800 por mês. Para complementar a renda, fazia sanduíches, vendido a agricultores vizinhos.
Com atuação na novela “Chiqutitas” com o personagem Paçoca, Rafael Miguel foi assassinado aos 22 anos de idade na zona sul de São Paulo no dia 9 de junho do ano passado. Os pais dele, João Alcisio Miguel, 52, e Miriam Selma Miguel, 50, também foram mortos a tiros por Paulo Cupertino que não aceitava o namoro da filha com o ator.