Vigia de cemitério é demitido após corpos de bebê e adolescente serem furtados
Exoneração do servidor foi publicada no Diário Oficial de Ponta Porã no início desta semana
Vigia do Cemitério Municipal São Vicente de Paula foi demitido depois que dois corpos foram furtados, na madrugada do domingo (19), em Ponta Porã, distante 313 quilômetros de Campo Grande. O servidor era quem estava de plantão no dia em que os túmulos foram violados.
A prefeitura do município abriu processo administrativo para apurar o caso. A exoneração do vigia foi publicada no Diário Oficial no inicio da semana.
Conforme divulgado pelo site Ponta Porã News, a administração do município nega que a demissão do servidor tenha relação com o crime. O secretário de Governo de Ponta Porã, Fábio Cafarena, informou que o policiamento nos cemitérios públicos foi reforçado e estão sendo adotadas medidas de segurança, entre elas, “a instalação de concertinas no muro do cemitério e também a implantação de um sistema de vigilância por meio de câmeras”, afirmou.
O delegado responsável por investigar o crime, Maurício Moura Vargas, disse que nunca teve que lidar com um crime dessa natureza. Além disso afirma que o caso chocou. “Nunca havia acontecido isso, quem trabalha na fronteira não se choca com nada, mas nunca tinha trabalhado em um caso como esse”, disse.
O caso - De acordo com o boletim de ocorrência, três túmulos foram danificados, sendo o de dois bebês e o da adolescente que havia sido sepultada há 15 dias. Destes, dois corpos foram levados. Os óbitos ocorreram de forma natural. Quem encontrou as covas abertas foi o vigia do cemitério que chegou para trabalhar por volta das 6h.
A Polícia Civil de Ponta Porã encontrou a cabeça da adolescente, de 12 anos, enrolada em uma camiseta em meio aos túmulos.
Em entrevista ao Campo Grande News, o prefeito Eduardo Campos (PSDB) disse que foi terrível e que isso nunca aconteceu. A Prefeitura de Ponta Porã começou a investigar omissões e falhas de segurança.
O cemitério é o mais recente aberto no município, inaugurado em 2010. Segundo o gestor, é popular, sem jazigos que contenham material que possa atrair ladrões em busca de algo de valor.
O caso foi registrado como destruição, subtração ou ocultação de cadáver, na delegacia de Ponta Porã. Até o momento ninguém foi preso.
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