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Cidades

Justiça de MS decreta prisão de “embaixador” do PCC flagrado no RJ

Os crimes são de organização criminosa, tráfico internacional de armas e tráfico de drogas

Aline dos Santos | 03/03/2018 14:02
Traficante foi preso em estúdio de tatuagem no Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Traficante foi preso em estúdio de tatuagem no Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Preso com documento falso no Rio de Janeiro, o narcotraficante Elton Leonel Rumich da Silva, conhecido como “Galã” e apontado como “embaixador” da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) no Paraguai, teve prisão temporária decretada também pela Justiça Federal de Ponta Porã.

O pedido foi feito pela PF (Polícia Federal) e aceito ontem (dia 2). Os crimes são de organização criminosa, tráfico internacional de armas e tráfico de drogas.

A prisão tem validade de 30 dias, mas, conforme a polícia, a investigação prossegue em sigilo e pode vir a ser decretada a preventiva.

Em 11 de agosto do ano passado, equipe da PF de Ponta Porã cumpriu mandado de busca e apreensão em uma residência e encontrou um “bunker” da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), com armas, munições e maconha.

Quatro homens foram presos, incluindo um sócio de Galã em empresa no Paraguai. A suspeita é de que ela era usada para lavar dinheiro do tráfico, conforme informações repassadas pela polícia paraguaia. Conversas em celulares indicam que o narcotraficante era o líder da organização. Foram apreendidos documentos e uma caminhonete Dodge Ram blindada em nome da empresa.

Segundo a Polícia Federal, a decretação da prisão e o cumprimento do mandado ratificam a periculosidade de “Galã”, determinando que permaneça atrás das grades e não dificulte as investigações.

Tatuagem – O narcotraficante foi preso no dia 27 de fevereiro no Rio de Janeiro (RJ) quando, tranquilamente, fazia uma nova tatuagem na perna em estúdio do bairro de Ipanema. Na ocasião, usava documento falso.

Até julho do ano passado, Galã tinha base em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia na fronteira com Ponta Porã. Após sofrer atentado a tiros enquanto frequentava uma boate em Pedro Juan, ele desapareceu.

No Paraguai, ele é acusado de ter tramado o assassinato de Jorge Rafaat Toumani, em junho de 2016, para assumir o controle do crime organizado. Com uso de armamento antiaéreo, a execução foi a maior demonstração de força na fronteira com Mato Grosso do Sul.

Arsenal foi apreendido em Ponta Porã em "bunker"
do PCC. (Foto: Divulgação/PF)
Arsenal foi apreendido em Ponta Porã em "bunker" do PCC. (Foto: Divulgação/PF)
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