“Embaixador” do PCC no Paraguai, Galã vai ficar preso no Rio de Janeiro
Segundo as investigações, ele é um dos envolvidos na execução de Jorge Rafaat, ocorrida em 2016, em Pedro Juan, vizinha a Ponta Porã em MS
Apontado como “embaixador” da facção criminosa brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital) no Paraguai, o narcotraficante Elton Leonel Rumich da Silva, 34, o "Galã", vai ficar preso no Rio de Janeiro. Ele foi surpreendido por policiais civis quando fazia uma tatuagem na perna direita em um estúdio em Ipanema, na zona sul do Rio na noite de terça-feira (27).
Na audiência de custódia, realizada ontem, Galã teve a prisão preventiva decretada pela Justiça estadual. Acusado de uma série de crimes no Paraguai e de narcotráfico no interior de São Paulo, ele vai permanecer preso no Rio, onde é, pelo menos até agora, acusado de uso de documento falso, já que apresentou identidade em nome de outra pessoa quando foi preso.
À imprensa carioca, o delegado Fabrício Oliveira, que chefiou a equipe da Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos) responsável pela prisão, disse que Galã estava com uma BMW avaliada em pelo menos R$ 300 mil e vários relógios de luxo, entre eles três da marca Rolex.
Policiais brasileiros e paraguaios consideram Galã “extremamente sanguinário” e um grande fornecedor de drogas vindas do Paraguai para o PCC e o Comando Vermelho, que domina as favelas do Rio. Até julho do ano passado, Galã estava baseado em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS).
Após sofrer o atentado a tiros enquanto frequentava uma boate em Pedro Juan, Galã desapareceu do país vizinho até ser preso na terça, no Rio de Janeiro. Além de narcotráfico, no Paraguai ele é acusado de ter tramado o assassinato de Jorge Rafaat Toumani, em junho de 2016, para assumir o controle do crime organizado na fronteira.