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Interior

É hora de atacar o PCC, afirma ministro paraguaio após prisão de Galã

Helio de Freitas, de Dourados | 28/02/2018 10:17
Elton Leonel Rumich da Silva, o Galã, foi preso quando fazia tatuagem em estúdio em Ipanema, no Rio (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Elton Leonel Rumich da Silva, o Galã, foi preso quando fazia tatuagem em estúdio em Ipanema, no Rio (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

O Paraguai quer aproveitar a prisão de Elton Leonel Rumich da Silva, 34, o “Galã”, para investir contra as células do PCC (Primeiro Comando da Capital) espalhadas no país vizinho, especialmente em Pedro Juan Caballero e Capitán Bado, na fronteira com Mato Grosso do Sul.

“Quando um chefe cai, logo outro assume, mas enquanto se reconfiguram, apresentam fraquezas”, disse hoje (28) o ministro Hugo Vera, chefe da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai.

Apontado como importante fornecedor de drogas para quadrilhas brasileiras e acusado de comandar o ataque que matou Jorge Rafaat Toumani em 2016, Galã foi preso ontem por policiais civis da Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos) quando fazia uma tatuagem na perna direita em um estúdio no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro.

Hugo Vera afirmou hoje em entrevista a emissoras de rádio de Assunção que Galã chegou a ser preso pela Senad em Pedro Juan Caballero, antes da execução de Rafaat, mas a Justiça daquele país autorizou sua liberdade.

Apesar de ser apontado como o novo “capo” da fronteira, fontes policiais afirmam que Elton Leonel Rumich da Silva não conseguiu se estabelecer como sucessor de Jorge Rafaat.

A morte do narcotraficante desencadeou uma guerra pelo controle do tráfico de drogas e armas na Linha Internacional entre o departamento de Amambay e Mato Grosso do Sul e o próprio Galã virou alvo de outras facções criminosas.

Em julho do ano passado, homens armados com fuzis e pistolas atacaram uma boate que estava sendo inaugurada naquela noite em Pedro Juan Caballero. A boate seria do filho de Jarvis Gimenes Pavão, aliado do PCC.

Duas moradoras de Ponta Porã que se divertiam no local e dois bandidos brasileiros, seguranças de Galã, foram mortos pelos tiros. Elton teria sido ferido, mas conseguiu fugir e depois desapareceu de Pedro Juan.

Para se vingar, Galã teria, segundo a polícia paraguaia, ordenado o ataque que matou um menino de cinco aos de idade no dia 25 de outubro em Assunção.

William Giménez Bernal, 28, alvo do ataque e pai da criança, se matou atirando na própria cabeça ao ver o filho morto no carro. Segundo a polícia, Bernal teria participado do ataque à boate.

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