Justiça Federal aceita denúncia contra 26 cigarreiros presos em operação
Entre os presos estão policiais rodoviários federais, policiais civis e policiais militares
A Justiça Federal em Ponta Porã – a 323 quilômetros da Capital -, aceitou nesta sexta-feira (30) a denúncia do MPF (Ministério Público Federal) contra os 26 cigarreiros presos em setembro, quando a Polícia Federal desmantelou um organização criminosa especializada no contrabando de cigarros do Paraguai pela fronteira de Mato Grosso do Sul.
Entre os presos estão seis policiais rodoviários federais, policiais civis e policiais militares, que recebiam propina para facilitar a passagem das cargas de cigarro, segundo a PF.
Os quatro chefões do esquema (Ângelo Guimarães Ballerini, o Alemão, Valdenir Pereira dos Santos, o “Perna”, Carlos Alexandre Gouveia e um irmão de Alemão, identificado apenas como Lupa) e outros 16 acusados continuam recolhidos no Estabelecimento Penal Ricardo Brandão, também em Ponta Porã.
Nem todos os nomes foram divulgados porque o caso está em segredo de justiça. Todos foram presos nos desdobramentos da Operação Nepsis, deflagrada pela Polícia Federal em 22 de setembro deste ano em cinco estados: Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo, Alagoas e Rio de Janeiro.
À época da operação, a PF descobriu que a organização criminosa criou uma rede de escoamento de cigarros contrabandeados pela fronteira, com direito a logística sofisticada, com gerentes, batedores, olheiros e motoristas.
No total foram cumpridos 43 mandados de prisão e conforme a investigação estima-se que, em 2017, os envolvidos tenham sido responsáveis pelo encaminhamento de, ao menos, 1,2 mil carretas carregadas com cigarros contrabandeados às regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país.