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Interior

Após 2h de audiência, chefes da Máfia do Cigarro voltam para presídio

Advogado que defende três líderes do grupo, entre eles Ângelo Ballerini, disse que seus clientes são primários, já que pena da Operação Marco 334 foi reduzida e está prescrita

Helio de Freitas, de Dourados | 24/09/2018 17:36
Presos na Operação Nepsis são levados para ônibus da PRF, sábado à tarde em Dourados (Foto: Adalberto Domingos)
Presos na Operação Nepsis são levados para ônibus da PRF, sábado à tarde em Dourados (Foto: Adalberto Domingos)

Sete dos 32 presos na Operação Nepsis, deflagrada sábado (22) para desmantelar uma organização de contrabandistas de cigarro paraguaio, levados nesta tarde para audiência de custódia na Justiça Federal em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, vão continuar presos.

Após duas horas de audiência de custódia, todos foram levados de volta pela Polícia Federal para a Unidade Penal Ricardo Brandão. Entre eles estão os quatro homens apontados pela Polícia Federal como líderes da quadrilha.

Entre o grupo levado hoje para a audiência de custódia estão Ângelo Guimarães Ballerini, o Alemão, o chefão da quadrilha preso em um resort de alto padrão de Maceió (AL) horas antes do casamento, o irmão dele conhecido como Lupa, também preso na capital alagoana, e Valdenir Pereira dos Santos, o “Perna”, outro líder da quadrilha.

Ao Campo Grande News, o advogado José Augusto Marcondes de Moura Junior, que defende Ângelo Ballerini, o irmão dele e Valdenir dos Santos, disse que a audiência foi apenas para a Justiça saber se os direitos dos acusados estavam sendo respeitados.

O advogado disse que agora vai analisar com cautela o mandado de prisão preventiva de seus clientes para depois decidir se pedirá o relaxamento da prisão diretamente à Justiça Federal em Ponta Porã ou se vai entrar com habeas corpus em instância superior. "[Os motivos das prisões] parecem frágeis, com base em informações surgidas em outra operação", afirmou.

Segundo o defensor, seus clientes são primários e isso precisa ser levado em consideração pela Justiça. Ângelo, Lupa e Valdenir dos Santos foram condenados após a Operação Marco 334, de 2011, mas o advogado afirma ter conseguido reduzir a pena no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o crime declarado prescrito.

“A prescrição aconteceu diante da redução sensível da pena, porque houve um equívoco nos julgamentos e o erro foi corrigido no STJ (Superior Tribunal de Justiça)”, afirmou.

Foragidos – Dos 43 contrabandistas de cigarros alvos da Nepsis, 11 ainda não foram localizados. Um deles é Carlos Alexandre Gouveia, também cliente de José Augusto. As equipes continuam em diligências para localizar os suspeitos, cujos nomes não foram informados.

Todos os envolvidos presos no sábado foram transferidos da delegacia da PF na cidade, onde as prisões tinham sido concentradas, para Ponta Porã e Campo Grande.

Ângelo Guimarães Ballerini posando para foto com a mulher e os dois filhos (Foto: Reprodução)
Ângelo Guimarães Ballerini posando para foto com a mulher e os dois filhos (Foto: Reprodução)
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