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Cidades

Justiça ouve nesta quinta-feira filho de desembargadora preso com arma de fogo

Breno Solon é filho de Tânia Borges, afastada do CNJ em processo disciplinar por intervir em seu processo de liberação por outra detenção

Humberto Marques | 17/10/2018 17:40
Breno foi preso em fevereiro de 2017 por porte ilegal de arma de uso restrito; solto, foi novamente detido em abril com armamento e droga. (Foto: Arquivo)
Breno foi preso em fevereiro de 2017 por porte ilegal de arma de uso restrito; solto, foi novamente detido em abril com armamento e droga. (Foto: Arquivo)

A 4ª Vara Criminal de Campo Grande agendou para as 16h desta quinta-feira (18) o depoimento de Breno Fernando Solon Borges, em denúncia sobre porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Ele é filho da desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, afastada por ordem dos CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de suas funções no Judiciário estadual, justamente por tentar favorecer Breno em outra denúncia –ele está detido na penitenciária de Três Lagoas (a 338 km de Campo Grande).

Breno deve comparecer à audiência de instrução e julgamento de flagrante por porte de arma ocorrido em 24 de fevereiro de 2017, na BR-163, em Campo Grande. Com ele, que alegou seguir para Santa Catarina, foi encontrado um revólver e munições de uso restrito. Preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) e entregue à Polícia Civil, ele pagou multa de R$ 3.748 e foi liberado mediante habeas corpus.

Ele voltou a ser preso em abril do ano passado, na região de Água Clara, novamente com armas e munições e, ainda, com drogas. Breno foi levado para a penitenciária três-lagoense e, pouco depois, foi diagnosticado com Síndrome de Borderline, um tipo de transtorno mental. Com tal diagnóstico, foi transferido do sistema penal para uma clínica de reabilitação no interior paulista.

Contudo, a execução dessa decisão envolveu a polêmica que resultou no afastamento de Tânia Borges. A desembargadora foi acusada de forçar a soltura do filho, indo a Três Lagoas com segurança e viatura que pertenceriam ao Judiciário estadual.

Ela teria pressionado juízes para a obtenção de habeas corpus e execução da decisão pela liberação, indo ao presídio, ainda, com veículo alvo de ação de apreensão –ambos os fatos mereceram nota no CNJ no julgamento de seu afastamento. Tânia foi afastada de suas funções no Tribunal de Justiça do Estado e no TRE (Tribunal Regional Eleitoral), o qual presidia.

A audiência foi marcada pela juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, que responde pela 4ª Vara Criminal. Ela também determinou tomada de depoimento para 3 de abril de 2019, por videoconferência.

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