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Cidades

MS é um dos únicos que dará aumento, diz secretário sobre 2,9% de reajuste

Eduardo Riedel afirma que o aumento vai gerar impacto mensal de R$ 11 milhões e que administração estadual tem de ser responsável

Anahi Zurutuza e Lucas Junot | 03/07/2017 16:35
Reunião do governador com 47 representantes de servidores estaduais, deputados, secretários e técnicos do governo (Foto: Lucas Junot)
Reunião do governador com 47 representantes de servidores estaduais, deputados, secretários e técnicos do governo (Foto: Lucas Junot)

Depois de anunciar “reajuste zero”, o Governo de Mato Grosso do Sul ofereceu 2,94% de acréscimo salarial linear para todos os servidores estaduais a partir de outubro.

Ao deixar reunião com representantes de todas as 47 categorias do funcionalismo público estadual, o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, deixou claro que este percentual é o máximo que o Estado pode dar.

O secretário afirmou que o Governo precisa ser responsável para não desequilibrar as contas e lembrou ainda que nenhum outro estado deu aumento de salário para o funcionalismo público.

“Poucos estados deral qualquer tipo de reajuste, e percentual maior que este não é possível. Temos de agir com responsabilidade para manter saúde financeira, o equilíbrio fiscal. Esta é palavra final do governo”, explicou. Além de Mato Grosso do Sul, Pará e Maranhão também concederam reajustes.

Riedel revelou ainda que durante a reunião, que começou no início da tarde desta segunda-feira (3) e terminou por volta das 16h, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) pediu compreensão das categorias. “Agora os sindicatos vão levar para suas bases, governador pediu aos sindicatos muita responsabilidade e tranquilidade para os representantes”.

O reajuste seria dado a partir de outubro deste ano - referente, portanto, à remuneração do mês de setembro - e não retroativo a maio, data-base das categorias.

Arrecadação - O secretário explicou que o Estado ainda tenta renegociar financiamentos com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a uma forma de repactuar a divisão do arrecadado com o ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), formas de aumentar a receita e garantir o equilíbrio das contas. “É a maior crise que o Brasil já vivenciou na sua história”, destacou.

O Estado conseguiria arrecadar mais R$ 15 milhões por mês se conseguir fechar as negociações com o banco estatal e o governo federal.

Insatisfação – Apesar da evolução nas negociações, representantes das categorias saíram insatisfeitos da reunião, segundo Jean Carlo Miranda, presidente do Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) e integrante do Fórum dos Servidores Estaduais.

“Se fica para outubro, vamos para 16 meses sem reposição salarial”, afirmou.

Ele confirmou que as categorias vão levar essa proposta para assembleias, mas não descartou a possibilidade de greve geral.

*matéria atualizada às 22h15 para correções de informações

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