PF prende dono de companhia alvo de operação em três estados
Força-tarefa mira quadrilha que aplicava golpes oferecendo lucro da exploração de mina de ouro
Acaba de chegar à sede da Polícia Federal em Campo Grande, em um camburão, o empresário Celso Éder Gonzaga de Araújo, dono da Company Consultoria Empresarial, principal alvo da Operação Ouro de Ofir (assista ao vídeo).
Além dele, outro homem chegou preso ao local.
A movimentação é grande na superintendência. A todo momento policiais descem das viaturas com malotes lotados, arrastando no chão de tão pesados.
Buscas - Pelo menos cinco carros foram apreendidos pela força-tarefa, que vasculhou 11 endereços em Campo Grande, Terenos, Goiânia (GO) e Brasília (DF).
Na Capital, policiais federais e servidores da Receita Federal estiveram na sede da Company, que fica na Rua Dr. Arthur Jorge, na casa de Celso, uma casa no bairro Chácara Cachoeira.
Da empresa, a equipe de buscas saiu por volta das 10h com quatro caixas, um malote e dois computadores. De acordo com o produtor rural Pedro Paulo Thiesen, de 52 anos, que serviu de testemunha no cumprimento do mandado, as caixas e o malote estavam cheias de documentos e alguns deles, aparentemente são falsos.
O fazendeiro mora há cerca de um ano próximo à empresa e foi abordado às 6h30 quando saía de viagem. “Nunca desconfiei de nada”.
Um condomínio no bairro Alto São Francisco, de onde a PF saíram duas viatura da PF e uma da Receita há pouco, também foi vistoriado.
A ação - Ao todo, são 19 mandados – 11 de busca de apreensão, 4 de prisão temporária e 4 de condução coercitiva.
O nome da operação, Ouro de Ofir, é inspirado em uma cidade mitológica da qual seria proveniente um ouro de maior qualidade e beleza. Tal cidade nunca foi localizada e nem o metal precioso que seria de origem dele.
Matéria alterada para acréscimo de informação às 10h15. (Com Guilherme Henri, Marcos Ermínio, Bruna Kaspary e Liniker Ribeiro)