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Cidades

Professores vão para Câmara tentar barrar projeto de reajuste de Bernal

Prefeito reconhece direito dos docentes, mas "joga" definição para ano que vem

Leandro Abreu e Alberto Dias | 03/05/2016 10:54
Cerca de 150 professores em greve participam da sessão desta terça-feira. (Foto: Alberto Dias)
Cerca de 150 professores em greve participam da sessão desta terça-feira. (Foto: Alberto Dias)

Cerca de 150 professores em greve estão na Câmara Municipal de Campo Grande para tentar barrar a aprovação do projeto de lei enviado pelo prefeito Alcides Bernal (PP), que prevê o reajuste aos servidores municipais.

Dois projetos foram encaminhados, sendo um para os servidores em geral e outro específico aos docentes da Reme (Rede Municipal de Ensino). A cobrança dos profissionais da educação é que haja uma explicação do Executivo municipal sobre o cumprimento desse projeto de lei, que prevê debater o aumento salarial dos professores somente em fevereiro de 2017.

O presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Lucílio Nobre, usa a tribuna da Câmara para pedir aos vereadores a não aprovação do projeto de lei no momento. “O fato da gente ter um projeto específico para os professores já é um avanço, mas precisamos de uma definição especifica de como ele vai ser aplicado, pois não aceitamos que seja no ano que vem”, diz.

De acordo com o projeto de lei, o prefeito Alcides Bernal reconhece a Lei do Piso para o Magistério, mas “joga” para a próxima gestão a aplicação dela. A legislação prevê o reajuste salarial retroativo aos professores, sendo 11,37% deste ano e 13,01% referentes a 2015.

A greve dos professores da Reme começou nesta segunda-feira (2) e hoje já conta com 30% dos profissionais, conforme a ACP. Ao todo, 600 docentes aderiram a greve, deixando 56 escolas municipais paradas parcialmente e seis Ceinfs (Centro de Ensino Infantil) também funcionando parcialmente.

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