Ana Preta, uma heroína do MS na Guerra do Paraguai
Por Mário Sérgio Lorenzetto | 01/10/2024 06:40
Na história brasileira e, principalmente, na sul-mato-grossense, prevalecem os feitos dos homens. São homens escrevendo sobre homens, sendo as mulheres, quando mencionadas, meros detalhes. Quando aparecem, quase nada contribuem para a compreensão do episódio. Na historia da Guerra do Paraguai, muitas vezes, a mulher foi omitida, quando não discriminada ou ironizada.
A heroína Ana Preta.
Ana foi uma heroína. Mas só teve o direito ao primeiro nome. A cor da pele, lembrada com preconceito, a remetia a grupos sociais de origem humilde. Veja a descrição de Ana, obviamente escrita por um homem branco: “Colocada durante o combate se desvelara com todos os feridos, tirando ou rasgando das próprias roupas o que faltava para os curativos e ligaduras. Era digno de nota e admiração. Quase todas suas companheiras tinham se escondido debaixo das carretas, onde disputavam lugar com tumulto medonho”. É importante esclarecer que muitas mulheres acompanharam seus maridos durante essa infame guerra.
Ana foi uma heroína. Mas só teve o direito ao primeiro nome. A cor da pele, lembrada com preconceito, a remetia a grupos sociais de origem humilde. Veja a descrição de Ana, obviamente escrita por um homem branco: “Colocada durante o combate se desvelara com todos os feridos, tirando ou rasgando das próprias roupas o que faltava para os curativos e ligaduras. Era digno de nota e admiração. Quase todas suas companheiras tinham se escondido debaixo das carretas, onde disputavam lugar com tumulto medonho”. É importante esclarecer que muitas mulheres acompanharam seus maridos durante essa infame guerra.
Negra de coração branco.
Há outra descrição de Ana Preta bem explicita quanto ao racismo: “Foi uma autêntica heroína essa mulher de um soldado que se chamava Ana e cognominada Ana Mamuda. Era uma humilde negra de coração branco. Ligava membros dilacerados com os farrapos que lhe cobriam o próprio corpo, confortando o agonizante com as palavras que a Fé lhe inspira”.
Há outra descrição de Ana Preta bem explicita quanto ao racismo: “Foi uma autêntica heroína essa mulher de um soldado que se chamava Ana e cognominada Ana Mamuda. Era uma humilde negra de coração branco. Ligava membros dilacerados com os farrapos que lhe cobriam o próprio corpo, confortando o agonizante com as palavras que a Fé lhe inspira”.