Ar-condicionado: calor excessivo fechará escolas
As temperaturas extremas estão destruindo qualquer avanço na escolarização e aprendizagem de forma desigual. Os alunos de países pobres, ou em crescimento, estão perdendo uma média de 45 dias de aula, em comparação aos seis dias no países de renda mais alta. Um tempo muito valioso. Sentir alta ansiedade é um dos sintomas do calor excessivo nas salas de aula. É uma angústia. Está se tornando tão importante que recebeu nome: “solastalgia”. Essas conclusões apareceram hoje no informe do Banco Mundial. Diz o banco que mais de 400 milhões de estudantes viram suas escolas fecharem entre 2022 e junho deste ano. Sem dúvida alguma, é o caminho da imensa maioria das escolas do Mato Grosso do Sul, sejam federais, estaduais ou municipais.
Escolher nosso futuro.
As autoridades não dão importância verdadeiramente para a educação, priorizam o voto dos professores. A quase totalidade do dinheiro alocado na educação vai para seus salários. A segunda opção das autoridades é fazer reformas ou ampliações, realizar obras que lhes dê visibilidade eleitoral.
Perda de meio ano.
Ainda segundo esse informe, um estudante dos 50% municípios mais pobres do Brasil pode perder até meio ano de aprendizagem devido ao aumento da temperatura. “Aprendem menos, não conseguem se concentrar, vão à escola menos dias”, explica o informe. O calorzão, que aumentará ainda mais, impacta na saúde, na nutrição, na estabilidade econômica dos lares e, inclusive, na segurança. “A educação está gravemente ameaçada pelas mudanças climáticas“, insiste o banco. O pacote mais barato para solucionar esse grave problema inclui a instalação de aparelhos de ar-condicionado, pintar os tetos de cores refletivas, plantar árvores e usar pavimentos permeáveis que absorvam água.