Covid persistente, meses arrastando o coronavírus
Centenas de enfermos pelo coronavírus continuam com sintomas próprios da fase aguda da enfermidade depois de dois meses do início da infecção. Continuam com tosse, febre, perda do olfato e do paladar e com problemas respiratórios. . Também há sintomas incomuns: formigamento em distintas partes do corpo, hematomas que aparecem e desaparecem, mucosidade, perda de concentração, chagas....
Testes muito loucos.
Apesar dos sintomas serem claros, os testes levam médicos e pacientes à loucura. Em poucos dias os resultados podem ser negativos, para em seguida, aparecerem positivos e logo mais serem negativos novamente. Mas há uma característica tranquilizadora: nenhum deles, até o momento, é transmissor do vírus. Não contagiam. Assim, saem dos hospitais e vão viver (mal viver) com suas famílias.
Déficit de imunidade, estresse emocional?
Ninguém consegue explicar esses casos tão anômalos. Duas vertentes surgiram, ambas rejeitadas pela maioria dos médicos: os casos seriam decorrentes de um déficit de imunidade ou um prolongado estresse emocional pelos dias que ficaram confinados no hospital. O pior é não saber o que ocorre e o mais difícil, conseguir manter o ânimo durante meses. Caminhar alguns metros equivale a quilômetros. Sentem que levam um saco de pedras sobre o peito. Os formigamentos aparecem nas pernas, nos braços, na língua e na face. Ir ao banheiro é um trabalho de Hércules. Há casos em que os pés ficam descamados. Sentem dor de ouvido. Em alguns, os vômitos não desaparecem. É necessária uma atenção integral desses pacientes. Todos os departamentos do hospital devem estar atentos a eles.